Teresa Canto Noronha no Podcast Estado com Arte

No Mercado P´la Arte, uma garagem transformada em galeria de arte, conversei com Teresa Canto Noronha, jornalista e artista plástica autodidata. Acontece todos os primeiros sábados de cada mês, participam pessoas que expõem há muitos anos e artistas que expõem pela primeira vez. Um ambiente muito variado de artistas o que torna o Mercado P´la Arte apelativo para quem expõe: há uma relação direta com o público, podem partilhar ideias sobre as obras de arte.
A jornalista e artista plástica desta vez trouxe desenhos, peças de 2017 a 2021, desenhos em papel com tinta-da-china, algumas já estiveram patentes numa exposição individual no palácio da Bolsa no Porto, que se chamava a falácia da perfeição. Uma abordagem à temática que “ideia temos sobre o que é a perfeição”.
“Gosto que as pessoas olhem para o meu trabalho, que pensem que o estão a perceber, e que depois percebam que a primeira impressão não é a óbvia. Há sempre qualquer coisa de conceptual por detrás do meu trabalho.”
Está agora a trabalhar tapeçaria de bordar no ponto de Arroiolos, porque, no seu entender, “existe um novo espaço” para a arte têxtil. São desenhos para tapeçaria como se fosse papel, só que em bordado.
O trabalho tem por base um estudo de desenhos de arquitetura sobre os anos 40, 50 e 60 do século XX, anos que considera “muito interessantes do ponto de vista arquitectónico, de design, e das artes”. Um trabalho em que está a recuperar técnicas antigas do bordado português, para tapeçaria de bordado. Mas admite que tem como matéria preferida a madeira, em que faz todo o trabalho de produção do material,  utilizando as técnicas de marcenaria e de carpintaria. Também gosta de trabalhar materiais orgânicos e recicláveis como a lã.
Para o próximo ano está a pensar fazer uma exposição individual com os novos trabalhos de tapeçaria e alguns da sua coletânea.
Neste podcast falei ainda com Beatriz Horta Correia, Susana Prudêncio e Valentim Quaresma, organizadores do Mercado P´la Arte, a Plataforma cívica sem fins lucrativos
surgiu há um ano e meio, em plena pandemia, para dar lugar à arte e aos artistas. Os organizadores quiseram identificar lojas e espaços para ajudar os artistas em tempo de crise pandémica. Fizeram uma call, uma divulgação sobre a iniciativa através das redes sociais e abriram as inscrições, foram muitos os que aderiram a esta chamada. Para além de organizarem uma exposição coletiva mensalmente, incorporam os artistas nos ateliers do movimento artístico. Começaram com 40 artistas e já vão em cerca de 50, a contar com editoras independentes.

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