Morte de Pedro Romano Martinez. O Professor da “coragem serena”

Marta Roque

O ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa  Pedro Romano Martinez morreu ontem,  23 de outubro, o jurista era Professor Catedrático da Faculdade portuguesa.

Interveio na vida académica como Presidente do Conselho Científico e como Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, revelando um “perfil institucional e dialogante” e uma “firmeza tranquila”, sendo apoiado em eleições internas por docentes, alunos e funcionários.

O Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, marcou a vida da Escola como Presidente do Conselho Científico e Diretor. “Bom colega, excelente negociador, Professor estimado e apreciado pelos alunos pela clareza e profundidade das suas aulas, destacou-se, nomeadamente, na lecionação de Direito do Trabalho. Um vinco do seu caráter que não posso deixar de recordar foi a sua coragem serena,” escreve Carlos Blanco de Moraes, Professor Catedrático de Direito da Faculdade de Direito de Lisboa, na página pessoal no Facebook.

O Professor Martinez com formação académica da Universidade Católica, integrou-se inteiramente na Faculdade de Direito, segundo Carlos Blanco de Moraes “assumiu o seu ethos com mais sinceridade e intensidade do que alguns docentes originários da Escola”.

Para além de Professor de Direito do Trabalho onde se destacou também como jurisconsulto e Presidente do respetivo instituto, lecionou noutras áreas como Seguros e Introdução ao Estudo do Direito. Foi discípulo do Professor Menezes Cordeiro reconhecido civilista português, interveio na vida académica como Presidente do Conselho Científico e depois como Diretor, revelando um “perfil institucional e dialogante” e uma “firmeza tranquila”, sendo apoiado em eleições internas por docentes, alunos e funcionários.

A sua conhecida dedicação à Faculdade, até aos seus momentos finais, foi “um sacerdócio que não será esquecido. E o seu magistério deixará discípulos e um património intelectual impressivo,” nas palavras de Carlos Blanco de Moraes.

Apesar da doença que sofria deu aulas na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa até ao fim, tendo sido um apoiante da causa da vida, deu apoio ao movimento cívico Stop eutanásia contra a lei da morte medicamente assistida.

Na nota de pesar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa foi anunciado o decreto de três dias de luto académico.

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