Dor Shapira, Embaixador de Israel em Portugal, disse ontem que “ainda não é tempo de falar do Estado palestiniano, nem do cessar-fogo na guerra Israel-Hamas”, numa conferência em Lisboa com testemunho de familiar de refém israelita capturado pelo Hamas.
“Israel está do lado certo da história, ninguém está a fazer um favor a Israel, que está a lutar pelo mundo livre, estamos a fazer a coisa certa, estamos a lutar contra o terrorismo,” disse Dor Shapira em conferência organizada pela Associação Lusa Portugueses por Israel.
Sobre as manifestações pró-palestinianas em todo o mundo considera que “a liberdade de expressão também tem linhas vermelhas, todos os que pedem a destruição de Israel e dos judeus não é liberdade de expressão, não é pró-palestinianos, não tem nada a ver com os palestinianos, é puro anti-semitismo.” Esta mensagem “tem de ser dita bem alto sem medo, em todos os lugares onde se defende a causa palestiniana, seja em Portugal, EUA, Harvard, Londres ou Paris”, afirma o diplomata israelita.
No dia em que o parlamento português discute o tema do Estado palestiniano, “com tantos problemas que Portugal tem, na educação e saúde, falar do Estado palestiano agora não é relevante”. “É como uma criança comprar um presente de Natal para a sua futura mulher. Não sabe quem é, como vai ser. Com todo o respeito é sobre o futuro dos meus filhos, não é dos vossos filhos.”
Israel está a combater uma organização terrorista e dar segurança ao povo de Israel, mas também quer dar segurança aos palestinianos. “Deixem-nos terminar a guerra e depois falamos do futuro dos palestinianos”, explica Shapira.
Questiona ainda: “querem falar do estado palestiniano com quem? Com uma organização terrorista em Gaza? Com a autoridade palestiniana?”
Numa altura em que 129 reféns israelitas estão nas mãos do Hamas,” ainda não é tempo de falar do cessar-fogo”, diz que Israel agora está comprometido com a segurança do povo de Israel, e trazer os reféns de volta para casa. E garante que “se não ajudarmos a dar segurança ao povo de Israel estamos a falhar como país.”
O encontro promovido pela Associação Lusa Portugueses por Israel contou com testemunho do irmão de Or Levy que foi raptado no festival de música Nova em Israel a 7 de outubro por acto terrorista do Hamas. A mulher morreu e Levy ainda se encontra capturado, têm um filho bebé que aguarda o regresso do pai.