Alguns dos partidos concorrentes, optaram por encabeçar as listas com o refugo dos “notáveis” incomodativos, que desta forma e afastados do palco nacional, sempre perturbam menos do que se estiverem por cá a fazer figuras tristes, havendo alguns que nem se dão ao trabalho de, ao menos, defenderem nas mais variadas matérias, as posições assumidas pelos próprios partidos que representam e assim evitarem passar vergonhas.
Os partidos portugueses bem tentam convencer os eleitores de que as eleições para o Parlamento Europeu, já no dia 9 de Junho, são importantes, tão importantes quanto as eleições nacionais, por exemplo para a Assembleia da República.
O problema é que a prática dos partidos e acima de tudo as escolhas que fazem, demonstram o contrário e os eleitores ficam sem perceber afinal que importância têm essas eleições. Evidentemente que os largos milhares de milhões de euros, ou se quiserem, biliões, que recebemos da União Europeia, têm sido fundamentais para as mais diversas obras, que muito têm contribuído para o desenvolvimento do país.
Sejamos claros, assim como todos também sabemos, por outro lado, que têm alimentado a endémica corrupção que fustiga a nação e isto é assim e será, até que, principalmente os países nórdicos, se cansem de alimentar estes vícios que nos estão entranhados. Mas adiante, que o tema agora não é este.
Alguns dos partidos concorrentes, optaram por encabeçar as listas com o refugo dos “notáveis” incomodativos, que desta forma e afastados do palco nacional, sempre perturbam menos do que se estiverem por cá a fazer figuras tristes, havendo alguns que nem se dão ao trabalho de, ao menos, defenderem nas mais variadas matérias, as posições assumidas pelos próprios partidos que representam e assim evitarem passar vergonhas.
Para contornar esse tipo de constrangimentos, o PS preferiu recusar participar em debates, demonstrando dessa forma o seu já conhecido conceito de democracia, evitando assim mostrar ao país a frouxidão da candidata que apresentou, já sobejamente conhecida do cidadão comum, pela miserável prestação enquanto ex-ministra da saúde.
O Bloco e a IL, por exemplo, optaram pela oferta dos lugares dourados do Parlamento Europeu, onde um deputado encaixa qualquer coisa como uns “módicos” 18.000,00 € por mês, já limpinhos, não percebeu bem, mas repito, sim, dezoito mil euros por mês, que aliás, quando deixaram as lideranças dos partidos, já tinham esse destino em vista, qual golpada oportunista.
O PSD, tendo os seus “notáveis” todos ocupados na governação do país, ao invés de levar a jogo segundas linhas do aparelho, usou a velha técnica de contratar um comentador televisivo seu apaniguado e aproveitar a sua notoriedade, uma técnica de contratação com resultados confirmados na política portuguesa, a começar pelo Presidente da República. Depois há os que vão a eleições só para preencher calendário. Em suma, é o refugo nacional em todo o seu esplendor.
Mas afinal vamos eleger quem? Vamos eleger um conjunto de personalidades que irão preencher um parlamento sem funções executivas, obviamente, mas também com muito poucas funções legislativas, porque muito pouco depende deles, os que de facto lá vão decidindo alguma coisa naquela teia hiper burocrática, que é a União Europeia, ou sejam os Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, são eleitos em função de “arranjos” partidários de bastidores, sem que sejam sujeitos ao verdadeiro processo democrático, pelos cidadãos europeus. Esta é a democracia que vigora na Europa.
Vamos lá então todos votar no dia 9 de Junho.