Seria um sinal de maturidade que o eleitorado excluísse do Parlamento Europeu aqueles que são contra a União Europeia – de forma permanente como o PCP, ou conforme a conveniência, como o Bloco de Esquerda. Seria também um sinal que o eleitorado cada vez menos procura e apoia projetos políticos que desprezam o indivíduo, a liberdade, a propriedade e a iniciativa privada, além da economia de mercado. Foi assim na Madeira, com ambos os partidos excluídos do Parlamento Regional, e nos Açores, onde o Bloco de Esquerda viu a sua representação diminuir.
O próximo Parlamento Europeu, resultante destas eleições europeias, muito provavelmente, irá trazer-nos algumas confirmações desagradáveis, como o aumento da representação de forças populistas e/ou de extrema-direita. A composição dos grupos políticos que têm conduzido o projeto europeu ao longo de décadas – a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu (PS), o Partido Popular Europeu (PSD e CDS) e o Renew Europe (que reúne os Liberais do ALDE, do qual a Iniciativa Liberal faz parte, e o partido do presidente francês Emmanuel Macron) – ainda é uma incógnita, mas, claramente, será impactada pelo crescimento do voto nas forças que inicialmente referi.
De qualquer forma, e apesar das muitas e importantes diferenças entre estes grupos, não me parece que algum questione as liberdades ou os direitos adquiridos, ou a dignidade da pessoa humana com base na cor da pele, nacionalidade, religião ou património e nenhum quer acabar com o projeto europeu, seja no que já foi realizado, seja no que ainda pode ser alcançado.
No ponto da integração europeia, o que distingue socialistas, conservadores/democratas-cristãos e liberais europeus, é o quanto e como queremos e devemos avançar, como governar um espaço cada vez mais alargado, e como a União Europeia pode voltar a ser um espaço de prosperidade – pois, de paz, por enquanto, ainda é.
Em relação a Portugal, registo com alguma expetativa a possibilidade de partidos políticos como o Bloco de Esquerda e o PCP verem a sua representação diminuída. Seria um sinal de maturidade que o eleitorado excluísse do Parlamento Europeu aqueles que são contra a União Europeia – de forma permanente como o PCP, ou conforme a conveniência, como o Bloco de Esquerda.
Seria também um sinal que o eleitorado cada vez menos procura e apoia projetos políticos que desprezam o indivíduo, a liberdade, a propriedade e a iniciativa privada, além da economia de mercado. Foi assim na Madeira, com ambos os partidos excluídos do Parlamento Regional, e nos Açores, onde o Bloco de Esquerda viu a sua representação diminuir.
Mais importantes e mais animadoras são as expetativas de Portugal eleger, pela primeira vez, um eurodeputado liberal. Em 2019, festejei a eleição do primeiro deputado liberal da nossa democracia. Celebrei, depois, a entrada dos primeiros deputados regionais liberais nos Açores e na Madeira.
E tenho a certeza de que no dia 9 de junho, celebrarei mais um marco político do liberalismo em Portugal: a eleição do João Cotrim Figueiredo para o Parlamento Europeu, e quem sabe, com a companhia de mais uma deputada. Essas expetativas, geradas por uma campanha com elevada adesão dos membros, acolhida e acarinhada por todo o eleitorado onde quer que passemos, liderada por alguém que domina os dossiês europeus (conforme demonstrado nos debates), permitem-nos ambicionar uma entrada de muito sucesso no Parlamento Europeu.
Agora, esta entrada no Parlamento Europeu não se esgota em si mesma; não é equiparável à conquista de uma taça por um clube de futebol. A presença de um eurodeputado (ou mais) da Iniciativa Liberal significará que Portugal terá uma voz que defenderá a retoma da prosperidade e do crescimento económico como elemento fundamental da integração europeia e não a centralização e a burocratização excessivas e significará rejeitar excessos de federalismo na governação europeia, defendendo, sempre, prerrogativas de soberania em troca do fim da unanimidade das votações no Conselho Europeu.
A Iniciativa Liberal será a voz que rejeitará aventureirismos, como o exército europeu em detrimento do pilar europeu da NATO. Será a voz que defenderá a reforma da Política Agrícola Comum. Será a voz que defenderá o alargamento da União Europeia, pois, para Portugal, essa é uma oportunidade de aumentar os mercados de exportação e não uma ameaça aos fundos ainda por vir.
E, claro, será a voz da defesa intransigente da Ucrânia, tanto na sua luta contra a Rússia, como no seu desejo de integração na União Europeia. Este país, este povo, que luta por si, mas, também, por todos nós e pelos nossos valores, merece e tem de fazer parte deste espaço europeu que, reitero, a Iniciativa Liberal tudo fará para tornar novamente um espaço de prosperidade, liberdade e paz.
Já não vou a tempo de apelar a quem já votou antecipadamente, mas, a todos os outros, apelo a que votem nas próximas eleições europeias, possivelmente as mais importantes das nossas vidas. Apelo a que votem, de forma consciente e informada, e que considerem bem a importância de uma representação europeia que defenda os valores fundamentais da nossa sociedade. Votem por uma Europa que avance. E, já agora, votem na Iniciativa Liberal.