Já nada separa os socialistas do Chega. E afirmo-o com pesar

Sonia Ramos, Deputada do PSD

O sinal que o PS e o Chega dão, é que afinal, ser dono do seu próprio destino e ser independente é um obstáculo para o exercício de cargos políticos e para a nobre função da causa pública.

O PS e o Chega derrubaram o XXIV Governo da República, ao não viabilizar a moção de confiança apresentada pelo Governo.

Há, desde logo, uma contradição. Primeiro inviabilizam duas Moções de Censura, mas não viabilizam a Moção de Confiança.

Sinal de total desnorte dos partidos da oposição.

Pedro Nuno Santos cedeu à ala mais radical do PS, a sua. Não está preparado para eleições legislativas, nem se lhe conhece qualquer bandeira política estratégica, mas encontrou na calúnia fácil uma oportunidade para evitar que o Governo continuasse o seu sucesso governativo até ao final do mandato, porque sabe se tal acontecesse, a reeleição de Luís Montenegro estava garantida.

O PS terá muita dificuldade no argumentário político: vai dizer que não concorda com a valorização de 17 carreiras da administração pública? Vai dizer que não concorda com o reforço da ação social junto dos mais desfavorecidos? Que não concorda com o pacote de medidas para retenção dos jovens talentos? que não concorda com o aumento do salário mínimo nacional além do que o Costa havia prometido? Que não quer mais 59 mil casas?

Por seu lado, Luís Montenegro tem muito trabalho e resultados para apresentar. Tanto que, o Governo cai, não porque a sua estratégia política para o país é censurada, mas porque, não podendo derrubar o excelente trabalho em prol das pessoas, quer atacar o Homem, numa manobra baixa e suja de assassinato de carácter.

É próprio dos fracos e dos cobardes.

Luís Montenegro não cometeu qualquer ilegalidade. Cumpriu a lei em vigor. Não roubou o povo português. E declarou tudo o que tinha a declarar.

Todos os partidos são unânimes: temos de atrair os melhores para a política. Mas os melhores, têm passado profissional, construíram um futuro, criaram empresas. O sinal que o PS e o Chega dão, é que afinal, ser dono do seu próprio destino e ser independente é um obstáculo para o exercício de cargos políticos e para a nobre função da causa pública.

Do que se conhece da vida do líder do PS, é um homem sem passado profissional, que sempre andou na política porque os negócios de seu pai lhe permitiam a necessária liberdade financeira para o efeito. Pai esse que criou empresas, recebeu apoios do Estado, milhões, e celebrou contratos com o Estado quando Pedrito era membro do Governo Socialista e que a dada altura doou a seu pai a participação que detinha na empresa familiar.

Pedro Nuno Santos é o homem que enterrou 3.2 mil milhões de euros dos nossos impostos na TAP, que decidiu a localização do no aeroporto à revelia do Primeiro-ministro de então e depois pediu desculpa, e que despachava indemnizações milionárias pelo whastapp e acaba líder do PS.

O PS e o seu líder dão mostras de um ataque cerrado à própria Democracia!

Que o Chega o faça, já não estranhamos.

Que um dos partidos fundadores do regime democrático coloque a sobrevivência política do seu líder à frente dos interesses do país e dos portugueses, isso sim, é grave e perigoso e será penalizado por isso.

Ninguém quer eleições, a não ser os radicais do PS.

O Governo e o Grupo Parlamentar do PSD esgotaram todas as hipóteses de entendimento com o PS para evitar a crise política. Sem sucesso.

Aqui chegados, o povo é soberano e irá pronunciar-se.

E penalizará aqueles que interrompem a rota ascendente do país e da nossa economia, colocando em causa a própria democracia, cedendo a populismos e a uma campanha vil, à qual o povo português saberá dar a devida resposta.

Já nada separa os socialistas do Chega, e afirmo-o com pesar.

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