Balanços? Sim, valeu a pena. Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.

Sónia Ramos, Deputada do PSD

Estou como Deputada, porque os Alentejanos assim o determinaram. E lá representei os interesses do Alentejo da melhor forma que pude e fui capaz. Sempre com o Alentejo no coração, colocando na agenda política as grandes bandeiras que sempre defendemos.

O Hospital Central do Alentejo e o curso de Medicina na Universidade de Évora, o Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz e o estudo de viabilidade para a construção do Bloco de Rega de Mourão, a conclusão do IP2, a comparticipação do suplemento alimentar para os doentes de Crohn que será uma realidade a partir de agosto (esta medida, sem falsa modéstia, permitam-me dizê-lo, mas tem o meu cunho pessoal), a reconstrução da antiga EN 255 entre Borba e Vila Viçosa, a certificação do tapete de Arraiolos e um regime contributivo diferenciado e acesso à pensão de velhice mais favorável.

Também para os barristas dos bonecos de Estremoz. E muitas outras propostas. Felizmente, em apenas um ano de governo do PSD, muitas delas já estão em curso. E se os portugueses quiserem e deixarem, como estou convencida, todas elas serão uma realidade.

A Marta Roque, Coordenadora Editorial do Estado com Arte Magazine, pediu-me para fazer um balanço do meu mandato como Deputada à Assembleia da República. A sua imensa generosidade impeliu-a a dar-me essa oportunidade.

Mas é sempre difícil falarmos de nós próprios e do nosso trabalho, pelo menos para mim. Juiz em causa própria… Não dará bom resultado. Julgo que os alentejanos do distrito de Évora, eleitores do meu partido, serão os indicados para ajuizar de três anos de trabalho, nas XV e XVI Legislaturas, sobre o meu desempenho.

Mas honrarei o gentil pedido da Marta, falando do meu percurso político, porque esse é mais objetivo (se é que é possível, quando fazemos a nossa biografia) mas igualmente emocional.

Foi na Assembleia de Municipal de Montemor-o-Novo que tudo começou, quando fui eleita pelo PSD em 2009, 2013 e 2017. Doze anos ininterruptos e 3 mandatos completos em que me bati pelo meu concelho e pela visão que achei adequada para o seu desenvolvimento. Antes disso já era Presidente da Secção do PSD de Montemor-o-Novo, durante 10 anos, mas a experiência de eleita em órgão autárquico foi uma experiência de vida que me ajudou a crescer. E sobretudo a compreender. Volvidos alguns anos cheguei à Comissão Política Distrital, como Vogal, depois Vice-Presidente durante 6 anos e Presidente durante mais 6 anos. E depois Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, onde já levo 3 anos. Face às funções que à data desempenhava, como Presidente da Comissão Política Distrital de Évora do PSD, fui convidada para integrar o Conselho Geral, como membro efetivo, do Instituto Francisco Sá Carneiro, e desde 2021, que integro a Comissão Política Nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD), uma honra imensa pela mão do atual Eurodeputado Hélder Sousa Silva, que à data presidia àquela estrutura autónoma do PSD, como Presidente da Câmara Municipal de Mafra.

Fui membro da CADA- Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos – proposta pelo meu partido e eleita pela Assembleia da República, até tomar posse como Deputada eleita pelo distrito de Évora em 2022. A primeira vez que o povo alentejano me deu essa honra, reforçada em 2024, e que tanto agradeço.

Na XV Legislatura, fiz parte da Direção do Grupo Parlamentar do PSD. Uma honra e um desafio homérico, ter o pelouro da Educação na Casa da Democracia. Gizámos, eu e a extraordinária equipa que tive a honra de liderar, as medidas que hoje são uma realidade, nomeadamente a reposição do tempo de serviço dos professores.

Em julho de 2017, fundei, com outra meia dúzia de companheiras, o Movimento das Mulheres Social-Democratas no distrito de Évora de que tanto me orgulho, e que hoje, mais que nunca, é necessário retomar, face à crescente violência contra as mulheres, de todas as formas e por todos os meios, e que todos temos de combater como um desígnio nacional. E eu quero fazer a minha parte!

Com 38 anos assumi a Direcção do Centro Distrital de Segurança Social de Évora, depois de ter dirigido o Setor Jurídico, e onde fui dirigente cerca de 14 anos, num percurso que ultrapassou as duas décadas a trabalhar para as pessoas. Na altura da Troika, fizemos o que nunca tinha sido feito na Segurança Social, mesmo com o país intervencionado. Foram tempos arriscados mas desafiantes. Julgo ter superado o desafio. Prova disso é o carinho que todos os funcionários, ainda hoje, me dispensam quando me encontram na rua. Não somos os cargos que desempenhamos. Somos o que deles fazemos. E isso persegue-nos para o resto da vida. No meu caso, julgo ter deixado um bom legado.

Em 2019, fui a 9.ª candidata do PSD na lista nacional para as eleições ao Parlamento Europeu e em 2024, quando o governo do meu partido ganhou as eleições e 3 Eurodeputados foram convidados para ministros e Secretária de Estado, tive a oportunidade de ser Eurodeputada. Rejeitei. Já estava envolvida noutro projeto autárquico apaixonante, desde 2021. Era já Vereadora em regime de não permanência na Câmara Municipal de Estremoz e hoje sou recandidata à Câmara. Não quis sair do meu Alentejo, nem virar as costas a quem me elegeu Deputada em 2024. Sou leal ao meu eleitorado. Fui leal a Estremoz. Já apresentei a minha candidatura à Câmara Municipal e estou de corpo e alma neste projeto. A nossa casa é onde nos sentimos bem. E serei Presidente da Câmara de Estremoz, se os estremocenses me escolherem.

Se não me escolherem, regressarei ao meu lugar de origem, desde 1 de agosto de 2019, a Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Equipa de Évora, do Ministério da Justiça. Sempre tive o privilégio de trabalhar para as pessoas e com as pessoas. Acredito em segundas oportunidades.

Estou ainda eleita na Casa da Democracia, depois de 25 anos dedicados ao PSD no distrito de Évora, e sempre com os dois pés no Alentejo. Estou como Deputada, porque os Alentejanos assim o determinaram. E lá representei os interesses do Alentejo da melhor forma que pude e fui capaz. Sempre com o Alentejo no coração, colocando na agenda política as grandes bandeiras que sempre defendemos. O Hospital Central do Alentejo e o curso de Medicina na Universidade de Évora, o Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz e o estudo de viabilidade para a construção do Bloco de Rega de Mourão, a conclusão do IP2, a comparticipação do suplemento alimentar para os doentes de Crohn que será uma realidade a partir de agosto (esta medida, sem falsa modéstia, permitam-me dizê-lo, mas tem o meu cunho pessoal), a reconstrução da antiga EN 255 entre Borba e Vila Viçosa, a certificação do tapete de Arraiolos e um regime contributivo diferenciado e acesso à pensão de velhice mais favorável. Também para os barristas dos bonecos de Estremoz. E muitas outras propostas. Felizmente, em apenas um ano de governo do PSD, muitas delas já estão em curso. E se os portugueses quiserem e deixarem, como estou convencida, todas elas serão uma realidade.

Tenho muito orgulho no percurso percorrido. Não foi um caminho solitário. Foi com muita gente ao meu lado e com a confiança de muitos. Sobretudo do PSD, dos seus militantes e dirigentes. A partir daqui será como Deus quiser e os Estremocenses deixarem.

Seja Apoiante

O Estado com Arte Magazine é uma publicação on-line que vive do apoio dos seus leitores. Se gostou deste artigo dê o seu donativo aqui:

PT50 0035 0183 0005 6967 3007 2

Partilhar

Talvez goste de..

Apoie o Jornalismo Independente

Pelo rigor e verdade Jornalistica