Paulo Caiado é o convidado do Podcast Estado com Arte sobre as eleições legislativas de 18 de maio.
A AD venceu em 90% dos concelhos do pais, “na versão politicamente correcta”, diz Paulo Caiado. Já na versão “politicamente incorreta quem venceu foi o Chega que sobe 10 deputados”, aumenta a votação em 301 dos 308 concelhos dos pais.
Paulo Caiado defende que O PS tem dois problemas: se apoia demasiado o governo, e este governar mal será penalizado por isso; se por outro lado fizer muita oposição será penalizado por criar instabilidade.
Assegura que a AD tem um problema que vem de trás quando Luís Montenegro já era líder do PSD no tempo de António Costa, na época em que o governo estava cheios de escândalos e polémicas.
“Quando chegamos as eleições de 2024 pensava-se que o PSD ia aproveitar essa má governação para crescer e não cresce, fica empatado. Isso devia fazer pensar como é que o partido na oposição do governo não cresce. Isso acontece porque Luis Montenegro não tem suficiente carisma para atrair as pessoas. A politica vive de carisma das pessoas.”
“Montenegro está numa corda bamba para 2 anos, vai ter de provar muito, neste momento o PSD para aprovar leis e programa vai precisar do apoio PS e do Chega.”
Sobre o PS diz que “vai fazer-se de morto. Sabe que vai passar período difícil, e que foi penalizado nestas eleições. A queda do governo em março resultou nas eleições em culpas de parte a parte.”
Mas o PS é o partido mais penalizado pela queda no eleitorado, do que o PSD. Pedro Nuno Santos tem culpa nestes resultados do PS, o que tem a ver com a figura que vem de trás. PSN foi penalizado por ser factor de “instabilidade politica.”
O Chega vai assumir-se como grande oposição ao governo, mas “quer mostrar-se como força capaz de governo. Vive muito dos slogans”, diz o consultor de gestão e marketing.