A nova área do CCB será chamada Quarteirão das Artes de Belém/ Belém Art District, para além da já prevista “continuação” da linguagem arquitetónica e da qualidade inspirada no CCB, pretende atingir uma “distinção e forte personalização” na tentativa de criar um novo “pedaço de cidade”.
As 7 artes clássicas são o mote e a inspiração para o conceito deste novo bairro. A abertura dos Módulos 4 e 5 do CCB está prevista para julho de 2029.
Na sequência do procedimento internacional para a construção dos Módulos 4 e 5 do Centro Cultural de Belém, do qual saiu vencedor o Grupo Alves Ribeiro, foi assinado hoje, 15 de julho, no CCB, o contrato de subcessão do direito de superfície para edificação e exploração de hotel e área de comércio, por um período de 65 anos.
Na sua intervenção de hoje, após a assinatura do contrato, o Presidente da Fundação CCB, Nuno Vassallo e Silva, referiu que “mais do que um projeto urbanístico, este é também um gesto de crença. De confiança no futuro de Lisboa e de Portugal. Num tempo em que tantos duvidam, hesitam ou se retraem, nós avançamos. Investimos. Acreditamos. Porque sabemos que o país tem qualidades únicas: talento, sensibilidade, história, capacidade de reinvenção”.
O Presidente do Conselho de Administração do Grupo Alves Ribeiro, Nuno Pereira de Sousa, destacou a importância estratégica e do elevado valor urbano e cultural deste projeto: “A nossa proposta procurou respeitar a identidade do CCB e oferecer soluções que valorizem o espaço, respondam aos desafios contemporâneos e ofereçam novas experiências a todos os públicos que aqui convergem”.
Também presente na cerimónia, o arquiteto Manuel Salgado referiu que “deve haver poucos edifícios com o elevado nível de conservação do CCB”, manifestando a sua satisfação por ser o Grupo Alves Ribeiro o responsável pela construção dos Módulos 4 e 5.
A Fundação Centro Cultural de Belém entende que este projeto estratégico “irá dotar a cidade de Lisboa de uma nova centralidade”, convidando habitantes e visitantes a uma permanência mais prolongada na área monumental Belém-Ajuda, revela o CCB em comunicado ao Estado com Arte Magazine.
A construção destes novos módulos constava já do projeto de arquitetura originalmente traçado na década de 90 pela dupla de arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado/ Atelier Risco, a par dos Módulos 1, 2 e 3, onde estão o Centro de Congressos e Reuniões, o Centro de Espetáculos e o Centro de Exposições, agora Museu MAC/CCB.
A futura receita da subcessão do direito de superfície dos terrenos designados por Módulos 4 e 5, dos quais fazem parte uma unidade hoteleira com 161 quartos duplos e um aparthotel com 126 unidades, além de um centro de comércio e novos serviços, numa área de construção de cerca de 32 500 metros quadrados, irá permitir aumentar a qualidade da oferta cultural do CCB, contribuindo em larga escala para o reforço da sustentabilidade financeira da instituição, adianta a Fundação CCB.
Recorde-se que o concurso internacional foi relançado em outubro de 2023, após a suspensão do processo anterior devido à conjuntura pandémica. A proposta apresentada pelo Grupo Alves Ribeiro destacou-se pela sua solidez técnica, integração paisagística, sustentabilidade funcional e respeito pela matriz arquitetónica do CCB.
A abertura dos Módulos 4 e 5 do CCB está prevista para julho de 2029
A nova área será chamada Quarteirão das Artes de Belém/ Belém Art District, para além da já prevista “continuação” da linguagem arquitetónica e da qualidade inspirada no pré–existente CCB, pretende ao nível
da comunicação gráfica, imagem e ambientes, atingir uma “distinção e forte personalização” na tentativa
de criar assim um novo “pedaço de cidade”.
As 7 artes clássicas são o mote e a inspiração para o conceito deste novo bairro, que fará “o elogio a cada uma delas” ao longo de todos os espaços exteriores e interiores, em particular no estabelecimento hoteleiro.
No tratamento gráfico e de comunicação dos pavimentos, será utilizada a típica calçada portuguesa com os cubos de calcário, basalto (preto e branco) e um outro tipo de pavimento misto composto por “pavimento confortável” e pedra calcária recortada com desenhos clássicos típicos.
Segundo a Fundação CCB esta nova construção será um “elogio à literatura portuguesa” através da introdução de poesia e literatura de autores portugueses, esta intervenção tem “como inspiração o pavimento em frente ao Padrão dos Descobrimentos feita para a Exposição do Mundo Português em 1940.”
A rua será revestida com pavimento de calçada à portuguesa com os cubos de calcário e basalto (preto e branco),
com pavimento misto composto por “pavimento confortável” e pedra calcária recortada com desenhos clássicos típicos.
O restaurante terá um ambiente de luxo despojado e minimalista, com sala interior e esplanada exterior, ambas com vista privilegiada para o rio, necessariamente com acesso direto e autónomo para a rua, para que possa ser usufruído pelos hóspedes e visitantes do novo Quarteirão das Artes de Belém.
Tal como em todos os espaços do novo Quarteirão das Artes de Belém, as obras de arte são uma presença constante, quer nos exteriores, quer nos interiores.


