Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) reage positivamente à inclusão dos produtos de cortiça na lista de isenções do mais recente acordo de tarifas alcançado entre os Estados Unidos da América e a União Europeia. A cortiça é um dos setores mais preponderantes da economia portuguesa.
Esta decisão representa o “reconhecimento internacional da especificidade geográfica única da cortiça, cuja matéria-prima é produzida exclusivamente na bacia mediterrânica, com Portugal a assumir o papel de maior produtor mundial”, assume a APCOR em nota de imprensa enviada à redação do Estado com Arte Magazine.
“Este é um momento de enorme importância para a fileira da cortiça e para a economia nacional. A defesa dos interesses de um setor em que Portugal é líder mundial foi assegurada graças a um esforço conjunto e coordenado de várias entidades, permitindo reforçar a posição estratégica dos nossos produtos no mercado americano”, sublinha a APCOR.
“A singularidade desta produção confere aos produtos de cortiça um caráter de exclusividade global, tornando extremamente complexa a deslocação dos atuais centros de produção europeus para eventuais dinâmicas de reindustrialização da economia americana”, justifica a Associação de Cortiça.
A APCOR agradece ao Governo de Portugal, à Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), à Embaixada de Portugal nos EUA e à delegação da AICEP nos EUA o empenho e contributo decisivos para alcançar este resultado.
Os EUA são atualmente o 4.º maior produtor mundial de vinho, com uma quota de cerca de 10% da produção global. A ausência de alternativas locais ou internacionais capazes de substituir a rolha de cortiça reforça a importância estratégica destes produtos no mercado americano, em particular para a sua indústria vitivinícola.
A isenção de tarifas é determinante para inverter as recentes tendências das exportações portuguesas de cortiça, garantindo maior competitividade no acesso a um dos mercados mais relevantes para o setor. Para a APCOR face à elevada internacionalização da indústria, presente em todos os países produtores de vinho, “não existe margem para uma estratégia de diversificação de mercados no curto e médio prazo”, o que torna esta decisão “especialmente relevante”.
Fundada em 1956, a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) está no mercado há mais de 60 anos e é hoje a única associação patronal do setor em Portugal. Sediada no coração da indústria da cortiça, no concelho de Santa Maria da Feira, a APCOR representa atualmente 200 empresas – responsáveis por 80% do volume total de negócios do sector e 85% das exportações portuguesas de Cortiça.
Enquanto representante de um dos setores mais preponderantes da economia portuguesa, a APCOR tem como missão promover e divulgar a indústria no país e no mundo.


