O PSD, sozinho ou em coligações, saiu como vencedor das eleições autárquicas de domingo, conquistando 136 câmaras municipais, contra 128 do PS, também sozinho ou coligado. Houve um ligeiro aumento de mulheres nas listas às autarquias nestas eleições, a percentagem de candidatas mulheres foi de 21,58%.
O grande crescimento está nos movimentos independentes que conquistaram 21 câmaras municipais (em actualização).
Segundo a Professora Eva Macedo, Professora Universitária de Igualdades e Direitos das Mulheres, ao Estado com Arte Magazine, as mulheres aumentaram a sua participação nas listas às autarquias nestas eleições, num valor de 15, 58%.
“Aumentar de 9% para 15% é obviamente um resultado positivo, porque inflectiu na trajetória de diminuição da representatividade das mulheres que se tinha verificado no anterior acto eleitoral.”
Para a investigadora “não é dum dado que nos possa satisfazer. Está muito distante do limiar mínimo de paridade definido na lei, que são os 40%.”
No entender da docente o que fez com que houvesse este ligeiro aumento ( sublinho ligeiro) foi um conjunto de factores, mas principal terá sido a limitação de mandados que impediu homens históricos nos partidos de se recandidatarem. Ou seja estas foram as eleições autárquicas onde um maior numero de presidentes de câmara não se puderem candidatar.
A lei da paridade é de 2005, entrou em vigor em 2006, proibindo o exercício de mais de 3 mandatos consecutivos.
Resultados Nacionais: vitória para PSD sozinho ou coligado
O resultado do PSD liderado por Luís Montenegro, atual primeiro-ministro, foi engrandecido pelas vitórias nos cinco maiores concelhos do país – Lisboa, Sintra, Gaia, Porto e Cascais.
Em Lisboa, Carlos Moedas foi reeleito Presidente da Câmara Municipal, mas não conseguiu a maioria absoluta. A sua coligação obteve oito mandatos, mais dois do que a coligação liderada por Alexandra Leitão (PS/L/BE/PAN), que ficou em segundo lugar.
O PAN conseguiu pela primeira vez representação nas autárquicas onde concorreu coligado; é o caso de Sintra e de Coimbra.
Os movimentos independentes conquistaram 21 câmaras, a CDU (PCP/PEV) ganhou em 12 municípios e o CDS-PP, sozinho, venceu em seis autarquias.
O Chega foi o mais votado em Albufeira, Entroncamento e São Vicente e vai liderar câmaras pela primeira vez.
O JPP e o Nós, Cidadãos ganharam uma câmara cada.
