Directamente ao assunto: não há ministérios em Gaza. O que há é Hamas. Carrascos que colecionam mortos. Julgam que os mortos já não contam. Entregam ou não entregam corpos, trocam corpos, para ver se pega. Não pega, não. Essa é a grande diferença entre a civilização e a barbárie.
A cerimónia nas palavras é incompatível com o jornalismo. Nas redações, mesmo os sonhos em texto, precisam ser fiéis à realidade. A questão não é a irmã gémea da dificuldade em usar a letra T para redigir terroristas. O problema mora na crença no terrorismo como fonte óbvia.
Não sobreviveram. Reféns de 7 de Outubro. Não é assim que se diz, que se escreve, que se pensa. Que se informa. Foram mortos, mortos, o que é diferente. Não são os reféns que se meteram em sarilhos e não resistiram às condições climatéricas ou comeram iogurtes estragos. O Hamas matou-os. Tapa restos de homens com terra e lama, e depois, após meses, 2 anos em túneis, debaixo de covas, desenterra-os, e afunda-os, de novo, Brinca. Devolve a morte de reféns aos soluços. Um antropógrafo tem mais cuidado com a carne humana.
Citado ministérios de Gaza, da saúde, o mais chamado, como fontes supra sumo, rabisca-se que a procura dos cadáveres é feita por retroescavadeiras, e estão a fazer o que podem. Fazem, fazem. Parece que fazem um favor. Directamente ao assunto: não há ministérios em Gaza. O que há é Hamas. Carrascos que colecionam mortos. Julgam que os mortos já não contam. Entregam ou não entregam corpos, trocam corpos, para ver se pega. Não pega, não. Essa é a grande diferença entre a civilização e a barbárie.
Assassinam sem compaixão, sem hesitação. Riem enquanto asfixiam crianças. Esta selvajaria não é resistência, não é. O Hamas não é um grupo resistente como delira Francesca Albanese , a extrema-esquerda portuguesa e um comentador que passeia na lapela a melancia. Que a coma com as mãos. É maldade no expoente máximo. A resposta, a justiça, não se chama opção. É obrigação.
				
															

