Joseph-Marie Verlinde é doutorado em Ciências e foi investigador de Química Nuclear no CNRS. A sua busca do absoluto conduziu-o à meditação transcendental. Viveu na Índia, num ashram, e aí, inesperadamente, descobriu Jesus. Regressou à Europa para estudar Teologia e foi ordenado em 1983.
«Há coisas mais interessantes para fazer do que bricolagem religiosa e é preciso ter cuidado com os vendedores insidiosos que desvalorizam a busca do essencial e nos levam a passear pelo supermercado das religiões. Esforçando-se por nos explicar como as heresias são interessantes, como nos entregarmos a todos esses fenómenos inéditos (na verdade arcaicos), a esses turbilhões mais fascinantes do que o nosso monoteísmo austero. Fazem-nos de novo o truque de Circe, a feiticeira. Contra a ameaça de dissolução da pessoa, apenas nos importa a reconciliação que acontece, quando, no íntimo do íntimo (intimior intimo meo), diz Agostinho, se faz ouvir o apelo de um deus que não nos engana.» GÉRARD LECLERC – in Le bricolage religieux.
Não foi o Código Da Vinci que motivou a tomada de palavra do autor do livro IMPOSTURAS ANTICRISTÃS de Joseph-Marie Verlinde. No entanto, aquela obra que teve “muito sucesso” foi um bom pretexto para responder ao desafio lançado no início do III milénio por todos aqueles que, no seio da espiritualidade New Age, trabalham na desconstrução do cristianismo, e dos quais Dan Brown é sem dúvida o representante mais talentoso.
«A New Age é um grande rio que arrasta no seu curso as águas de inúmeros afluentes. O entusiasmo pelas religiões do Oriente – hinduísmo e budismo – e do Extremo Oriente – principalmente o taoísmo enriqueceu-se com uma abertura a outras religiões não cristãs: religiões havaianas, pré-colombianas e dos índios da América. A procura de uma religião substituta do cristianismo, tido como ultrapassado, suscitou mesmo um renovar de interesse por formas populares antigas de religiosidade caídas em desuso. O mais importante revivalismo deste tipo é sem dúvida alguma a wicca que trabalha precisamente pelo culto da Grande Deusa».
Estas passagens poderão dar-nos uma ideia do trabalho minucioso do autor para nos esclarecer sobre o paradigma ou modelo proposto pelas correntes do movimento New Age.
Recorda-nos ainda algumas linhas do documento redigido em conjunto pelo Pontifício Conselho para a Cultura e pelo Pontifício Conselho para o Diálogo-Inter-Religioso, Jesus Cristo, Portador de Água Viva, uma reflexão cristã sobre a New Age, 2003.
Joseph-Marie Verlinde é doutorado em Ciências e foi investigador de Química Nuclear no CNRS. A sua busca do absoluto conduziu-o à meditação transcendental. Viveu na Índia, num ashram, e aí, inesperadamente, descobriu Jesus. Regressou à Europa para estudar Teologia e foi ordenado em 1983.
Foi professor de Filosofia da Natureza na Universidade Católica de Lyon e, em 1991, entrou para a Fraternidade Monástica da Família de São José. É autor de vários livros, porém, só este foi publicado em Portugal, pela Editorial Verbo.
Prior de um mosteiro, ex-professor de Yoga treinado na Índia, adverte: “Não existe yoga cristão, mas há cristãos que fazem yoga”, como um modo de vida, todavia, questiona os argumentos que apresentam o yoga como exercícios simples e benéficos de condicionamento físico e psíquico…


