Ecce homo

Susana Mexia Professora de Filosofia

Do Oriente ao Ocidente, jamais houve alguém sobre quem se tivesse escrito tanto, são centenas de milhares de livros traduzidos e espalhados por todos os recantos do mundo.

Num aparente fracasso, desde o seu princípio, ligado à Pessoa do seu fundador, Jesus Cristo, sempre a Igreja prevaleceu sobre as tormentas que lhe infligiram e infringem ao longo de mais de dois mil anos, de forma mais violenta ou subtil, frontal ou dissimulada.

As muitas contradições dos homens na história, na sociedade, na política impelem cada vez mais a uma profunda reflexão sobre a existência de um “Supremo Bem”, que vive e permanece junto dos homens em todos os tempos e lugares.

No início dos anos setenta do século passado foi realizada a ópera rock Jesus Christ Superstar e o musical Godspell, baseado nas parábolas dos Evangelhos, ambos com imensa popularidade nos EUA e na Europa ocidental e toda a juventude falava de Jesus e trauteava as suas canções.

Nos países de Leste, paulatinamente, também começou a despontar esse interesse, embora na União Soviética o nome de Jesus Cristo só fosse referido nas obras especializadas sobre o “ateísmo científico”. Os crentes levavam vidas isoladas, mas no final da década de oitenta deu-se uma grande mudança e a geração que não era a geração de Jesus, transformou-se na geração de Jesus.

De forma alguma estamos numa época pós-cristã, disso nos querem convencer muitas e sonoras vozes. No entanto, as Igrejas Ortodoxas, muito perseguidas e destruídas no período dos governos totalitaristas e ateus, foram renascendo com muita exuberância em abundância e vigor renovados.

A Jesus foram dedicados, ao longo de muitos séculos, os mais elegantes monumentos de arquitetura, de escultura, de pintura, de iconografia, de mosaicos, não olvidando a magnífica profusão de música criada por excelsos compositores que se inspiraram na vida e nos ensinamentos do Filho de Deus feito homem que veio ao mundo para nos salvar.

Do Oriente ao Ocidente, jamais houve alguém sobre quem se tivesse escrito tanto, são centenas de milhares de livros traduzidos e espalhados por todos os recantos do mundo.

No ano da graça de 2023, entre os dias 1 e 6 de Agosto decorre em Lisboa, capital de Portugal, numa Europa que dizem estar decrépita, a XXXIII Jornada Mundial da Juventude, um encontro dos jovens de todo o mundo que é, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma procura de sentido para a vida e um momento forte de evangelização.

Apresentando-se como um desafio a uma geração decidida a construir um mundo mais justo e solidário, com uma identidade claramente católica, é aberta a todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da Igreja, visando proporcionar aos participantes a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo.

Um novo impulso à Fé, à Esperança e à Caridade tendo os jovens como protagonistas, a Jornada Mundial da Juventude procura também promover a paz, a união e a fraternidade entre todas as gerações, povos e nações do mundo inteiro.

Ele é o “Ecce Homo”, o íman que a todos atrai e convida a segui-Lo, porque o seu jugo é leve e suave e a sua misericórdia plasma-se em toda a Humanidade.

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