MAGAZINE

ISABEL MATOS DOS SANTOS. A ARTE “COMO MEDITAÇÃO E DESCANSO”

Pedro Gaspar, Escritor

A gestora com pós-graduação em Marketing, nasceu em Lisboa, depois de ter ido viver um tempo para fora regressou há 4 anos. Trabalhou em vários sectores da economia: na banca, em farmacêuticas, na indústria. Agora é consultora imobiliária, está dedicada à família e a atividades artísticas no bairro do Parque das Nações. É na comunidade artística Park.arte que desenvolve  a sua arte na pintura, e ainda está dedicada ao canto num grupo coral.

Fala-me um pouco sobre  a Isabel
Sou a Isabel Santos, sou mãe de três rapazes, sou licenciada em Gestão de Empresas com uma pós-graduação em Marketing, nasci em Lisboa e voltei para esta cidade faz agora quatro anos, depois de ter ido viver imenso tempo para fora. Passei aqui a minha infância e a adolescência, estudei, formei-me e conheci o meu marido. Casei com 23 anos, tive o meu primeiro filho aos 25 e aí achámos mais interessante sair da grande cidade, pois queríamos ter mais filhos num local mais calmo, onde proporcionasse um estilo de vida diferente. Para onde é que nós fomos? Nada mais, nada menos do que para a Figueira da Foz que é a cidade onde o meu marido nasceu. Tivemos mais dois filhos, dei continuidade à minha carreira e iniciei a minha atividade profissional na PWC, onde estive dois anos como auditora externa. Conheci vários setores diferentes da economia, trabalhei na banca, em farmacêuticas, na indústria, onde fiquei com uma boa visão do setor.

Conciliar a Park.arte, coro, consultoria imobiliária com a família é fácil ou algo pode ceder?
Não é nada fácil, claramente, porque são atividades bastante diferentes. Mas apesar de gostar de todas, como consultora imobiliária ocupa-me muito tempo – é full time- e ainda tenho de arranjar criatividade para fazer as minhas pinturas, cantar e dar tempo a família, o que acaba por ser muito ambicioso. Quando sabemos o que queremos conseguimos, pode não ser tão bem quanto desejava, pois sou perfecionista, mas aos poucos vai lá. Temos de criar blocos de tempo para gerir o tempo para o coro, que é muito importante mas cansativo após um dia de trabalho. Mas, no fim saímos de lá felizes e muito mais leves. A parte da criatividade que temos de arranjar para a arte é um bocadinho diferente, é algo que não surge quando nós queremos, mas serve como meditação e como descanso.

Tem algum objetivo maior que queira alcançar?
Tenho um objetivo que me assiste em tudo o que faço, é o denominador comum, que é ajudar o próximo. Para mim o que mais me realiza é sentir-me útil às pessoas, adoro pessoas, e sentir que chego a elas. Que cumpro as necessidades de cada um. A função de Consultora é muito importante na fase crucial da vida das pessoas quando procuram um lar para construir família.

Como interpreta o mundo da arte nesta imberbe localidade?
Temos um grupo muito jeitoso na Park.arte, onde cada um dá o seu melhor e faz a melhor prestação em termos de arte, tanto em fotografia como em pintura como em escultura. Cada um com a sua interpretação. É muito importante e deveria alargar-se. Deveria haver mais grupos destes precisamente para trazer algo de novo. A arte é um mundo de pessoas, podemos ter origens diferentes, mas acaba por termos um ponto em comum: unir as pessoas. Há troca de informação, há troca de ideias e acho que é pertinente. É transversal a todo o mundo artístico. É enriquecedor para a comunidade.

O que faz falta, o que se deve manter e o que se pode mudar com jeitinho?
Dentro do Parque das Nações tem que haver mais organizações que aproximem as pessoas. Que estimulassem a interajuda, a vontade de servir o próximo sem ter nada em contrapartida. Para se sentirem úteis e até pode ser uma característica de voluntariado. Vivi na Holanda muito tempo, fiz imenso voluntariado, põe-nos como pessoas no “mapa”. É por este caminho que devemos ir como comunidade e enaltecer mais o nosso Parque.

Partilhar

Talvez goste de..

Apoie o Jornalismo Independente

Pelo rigor e verdade Jornalistica