Paulo Gil morreu aos 84 anos, há três anos, em maio de 2022. Família e amigos decidiram compilar em livro um conjunto de histórias, inéditas, narradas na primeira pessoa, sobre os encontros e desencontros que Paulo Gil teve, durante décadas com grandes figuras do Jazz Nacional e Internacional.
O Contador de Histórias, de Paulo Gil, uma obra póstuma, com a chancela da editora Obnósis, será apresentada no dia 31 de Maio, pelas 18h, no teatro da Comuna.
Paulo Gil escrevia, escrevia muito e após o seu desaparecimento, os mais próximos descobriram histórias e estórias na primeira pessoa, que nunca tinham saído da gaveta. Trata-se quase de um diário sobre uma vida dedicada ao jazz.
Paulo Gil é uma figura incontornável da História do Jazz em Portugal. Foi músico (baterista), jornalista, crítico, promotor de espetáculos e um dos primeiros jovens sócios, em 1955, e a convite de Luís Villas-Boas, do icónico Hot Clube que durante décadas funcionou na Praça da Alegria, em Lisboa. Tocou anos neste espaço e apoiava os novos músicos, os que numa época difícil dos anos 70 e 80, sonhavam ser artistas e dedicarem-se ao jazz.
Conheceu diversas figuras da música, de Miles Davis a Roger Water, passando pelo Wayne Escovery entre variadíssimas outros nomes com forte presença no mundo da música. Ao longo da sua carreira esteve ligado à programação do Hot Club, do Seixal Jazz, ao Festival Internacional de Jazz de Oeiras entre outros certames mais recentes.
“Este é um livro de memórias, com textos inéditos, mas fundamental para se compreender a história e a evolução da Jazz. São histórias que nos sensibilizam e nos transportam para décadas diferentes. Mas de facto, Paulo Gil foi um dos grandes impulsionadores do Jazz em Portugal e estes textos são arrepiantes. Paulo Gil era um homem que sentia o jazz e o seu legado não será esquecido”, comenta a editora Maria Barroso Gonçalves.
O Contador de Histórias, de Paulo Gil, terá um momento musical dedicado ao jazz – protagonizado por músicos que sentiram Paulo Gil como uma mestre.
