Nuno Melo saúda nova pós-Graduação em Psicologia Forense e Investigação Criminal

Estado com Arte Magazine

O Instituto Piaget decidiu lançar, na sua unidade de Viseu, e em parceria com o Instituto Português de Criminologia, a nova Pós-Graduação em Psicologia Forense e Investigação Criminal, com o objetivo de formar os profissionais que o sistema judicial, educativo e de saúde há muito reclama: técnicos preparados para intervir em fenómenos complexos, cruzando psicologia, direito, criminologia e investigação criminal. A formação académica é apoiada pelo Ministro da Defesa, Nuno Melo.

Para o Instituto Piaget há uma “lacuna grave de formação obrigatória e contínua nos vários setores ligados à justiça e ao apoio às vítimas.Portugal registou, só em 2024, um aumento de 12,5% na delinquência juvenil, 6,8% na criminalidade em ambiente escolar e quase 10% nas violações. No mesmo período, os roubos de viatura cresceram 106,3% e os assaltos a bancos 128,6%, revelando uma nova paisagem criminal que exige respostas urgentes, interdisciplinares e profundamente qualificadas.

O Ministro da Defesa, Nuno Melo, destacou em discurso em vídeo para o Instituto Piaget, a importância desta formação e o seu interesse em benefício da comunidade e do interesse público: “Através desta pós-graduação ministrada por especialistas em criminologia, psicologia, direito, relações internacionais e investigação criminal, os seus beneficiários ficarão dotados de melhores ferramentas para o exercício das respetivas profissões.

“Gostaria de saudar o Piaget e o Instituto Português de Criminologia nas pessoas dos professores João Barrigas, Helena Chéu e Vítor Miguel Silva, pelo início da pós-graduação em Psicologia Forense e Investigação Criminal, temas que são de enorme relevância, atualidade e muito interesse”, sublinha.

Os dados do Relatório Anual de Segurança Interna ajudam a perceber a urgência: enquanto a criminalidade geral desceu, a criminalidade violenta e grave aumentou 2,6%. Em muitos contextos – como escolas, IPSS, hospitais e até nas forças de segurança – a ausência de técnicos com formação forense é um entrave grave à proteção, prevenção e à justiça.

“As consequências vão da baixa taxa de condenações à retração das vítimas em denunciar. Há também falhas no acondicionamento de provas, avaliações psicológicas comprometidas, revitimização de quem denuncia e uma crescente descredibilização das instituições perante a opinião pública”, sublinha Helena Chéu, diretora adjunta do Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (ISEIT) de Viseu.

Face a este cenário, o Piaget decidiu lançar, na sua unidade de Viseu, e em parceria com o Instituto Português de Criminologia, a nova Pós-Graduação em Psicologia Forense e Investigação Criminal, com o objetivo de formar os profissionais que o sistema judicial, educativo e de saúde há muito reclama: técnicos preparados para intervir em fenómenos complexos, cruzando psicologia, direito, criminologia e investigação criminal.

“O sistema precisa de mais profissionais preparados, com competências atualizadas e uma abordagem baseada na evidência, para garantir decisões judiciais mais justas e uma resposta mais humana às vítimas”, sublinha a direção pedagógica da formação.

A pós-graduação foi pensada para psicólogos, criminólogos, profissionais judiciais, de saúde e segurança, e responde não só às exigências do presente como aos desafios do futuro, como o cibercrime, o uso de tecnologias forenses e a crescente criminalidade transnacional. O plano curricular combina teoria, prática e investigação científica, promovendo o rigor, a ética e a multidisciplinaridade.

Mais do que um curso, o Piaget posiciona esta formação como uma “missão social, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e com a sua própria vocação de construir respostas humanas, transformadoras e fundadas no conhecimento.”

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Advogado

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