“O PALÁCIO DE CIDADÃOS”, filme de Rui Pires, sobre os bastidores do Parlamento, com estreia no doclisboa’24, esteve em exibição na sala Rank do cinema S. Jorge, no passado fim de semana.
O filme está em exibição nos cinemas portugueses em 2025. No futuro, dará origem a uma série televisiva, com episódios temáticos.
Segundo o cineasta O Palácio de Cidadãos, possibilita uma pertinente reflexão, muitas vezes contraditória e complexa, sobre a essência da democracia.
Filmado durante um ano, a duração de uma Sessão Legislativa, na Assembleia da República, “O PALÁCIO DE CIDADÃOS” mostra de forma inédita o trabalho parlamentar, das discussões ideológicas à forma como deputadas e deputados lidam com o povo quando este usa os mecanismos legais para mudar a realidade — das petições às manifestações.
O documentário de estreia realizado por Rui Pires conta-nos a história da sociedade portuguesa a partir do interior da Casa da Democracia. Dá-nos a ver as deputadas e os deputados dos diferentes partidos e os assuntos a que se dedicam, dando a conhecer o funcionamento de uma instituição cujo labor impacta a vida de quem habita em Portugal.
Apesar do cada vez maior afastamento entre representados e representantes, o documentário “O PALÁCIO DE CIDADÃOS” conta uma história pulsante, mas invisível: como o povo tenta fazer avançar a História através do Parlamento. Com as limitações e complexidades próprias que o sistema lhe permite.
“Proponho olhar para a Assembleia da República e para os seus atores através do cinema do real, fugindo a uma abordagem jornalística. Revelando como as ações das deputadas e deputados refletem conflitos entre diferentes visões da sociedade, criando ligações entre os cidadãos dentro e fora do Palácio”, conta Rui Pires, que teve a estreia da sua primeira longa metragem na competição portuguesa do doclisboa’24.
ARGUMENTO, REALIZAÇÃO E MONTAGEMde Rui Pires Fotografia Pedro Castanheira Som Rui Pires, Bernardo Theriaga, Paulo Lima DRAMATURGIA Patrícia de Brito, Pedro Miguel Santos Montagem de Som Paulo Lima Mistura Nuno Carvalho Colorista Paulo Menezes, Andreia Bertini Produtores Cláudia Regina, Rui Pires, Patrícia de Brito

O documentário centra-se em temas como os direitos à habitação, à saúde e do trabalho. As Filmagens decorreram com a autorização de todos os grupos parlamentares;
As imagens da Assembleia da República entram casa adentro da maioria da população portuguesa quase todos os dias. O hemiciclo parece um lugar familiar, simples, sem grandes segredos.
Mas saberá o povo o que realmente lá acontece? Como funcionam as coisas, na prática? Quem decide as mudanças nas suas vidas? Quando alguém assina uma petição e ela chega, por fim, ao Parlamento, o que sucede?
Para o realizador e argumentista a intenção foi “mais do que oferecer respostas, construir um filme que suscitasse curiosidade, reações e interrogações. Questionar a maneira como a nossa vida política formal está organizada”. “Que utilidade tem, afinal, esta instituição, que se instituiu como o centro da democracia e que rege a nossa vivência?”, pergunta-se.
Perante o aumento da distância entre cidadãos e poder, e após uma crise económica que afetou gravemente a coesão social, este filme dá-nos a ver de forma inédita como cidadãos constroem uma sociedade a partir do interior de um parlamento.
O Palácio de Cidadãos, possibilita uma pertinente reflexão, muitas vezes contraditória e complexa, sobre a essência da democracia.
Recebeu o Prémio Max – Para Melhor Filme da Competição Portuguesa – Doclisboa, Portugal’24.
Já participou nos festtivais: Doclisboa, Portugal’24, Dokumentarfilmwoche Hamburg, Alemanha’25, Festival Cinematográfico de Uruguay, Uruguai’25, 12ª Semana de Cine Portugués, Argentina’25
O filme está em exibição nos cinemas portugueses em 2025. No futuro, dará origem a uma série televisiva, com episódios temáticos.


