O governo socialista de Portugal, decidiu, ao abrigo de um tal “Programa Estratégico de Cooperação Portugal – Angola 2023-2027”, seja lá o que isso for, através da Resolução de Conselho de Ministros nº 179/2023, doar ao estado angolano o montante de 34.000.000,00 € – trinta e quatro milhões de euros, isso mesmo, como forma de pagar a reabilitação da Fortaleza de São Francisco do Penedo, com vista à criação do “Museu da Luta pela Libertação Nacional de Angola”. Isso.
Dizem eles, na Resolução do Conselho de Ministros, entre outras aberrações, que isto está relacionado com acordos estabelecidos entre os dois Estados, para a promoção da cultura, em que se insere este museu, “numa política de preservação do património histórico e cultural” e claro, tinha que falar das “lutas dos povos colonizados que permitiram libertar Portugal”. Libertar Portugal…, veja-se as patranhas que inventam, para justificar o injustificável.
Não podemos imaginar quantos milhões de euros é que este miserável governo ainda irá gastar dos nossos impostos neste radicalismo ideológico socialista, mas o que é certo é que enquanto houver um cêntimo nos cofres do Estado, eles tudo farão para os liquidar, como fizeram sempre que passaram pelo governo.
Por falarmos em “preservação do património histórico e cultural”, é caso para perguntar quantos edifícios do nosso riquíssimo património edificado temos em Portugal com necessidade urgente de intervenção, tendo em vista a sua manutenção, sem que o governo se preocupe com isso, sempre com a justificação de que não há verba? Todos nós conhecemos um ao virar de cada esquina.
E por que razão temos nós portugueses, que pagar a preservação do património de outros países?
Quem por acaso esteve em Angola, ou em outros territórios portugueses em África, é testemunha do estado exemplar em que as administrações portuguesas deixaram o património edificado e urbanístico naqueles países, que, entretanto, os governos locais deixaram destruir, porque como é do conhecimento universal, o dinheiro, lá como cá, desviado para a corrupção, não sobra para a preservação do património, nem para coisa nenhuma. Mas seja do modo que for, em nenhuma circunstância pode ser o povo português a pagar o que um qualquer governo de outro país resolve gastar.
Mas Portugal não deixou naqueles territórios de África apenas o vasto e riquíssimo património edificado, deixou fundamentalmente um progresso assinalável e um estado civilizacional exemplar.
São os angolanos mais velhos, que junto com os portugueses foram protagonistas daquele progresso e daquela civilização, que ainda hoje assumem que nunca viveram tão bem como “naquele tempo dos portugueses”. Mas não só os mais velhos. São as gerações mais recentes, que apesar de aprenderem na escola, desde tenra idade, que a culpa da miséria em que vivem foi dos “colonialistas”, anseiam cada vez mais utilizar a nacionalidade portuguesa, que lhes tem sido distribuída a esmo, ou mesmo sem a nacionalidade, para fugirem aos horrores da fome e da miséria que lá vivem.
Este é o reconhecimento e demonstração de que afinal a desgraça dos povos dos antigos territórios portugueses em África, tem como causas diretas, as guerras civis em que se envolveram durantes décadas, destruindo assim os países exemplares que Portugal lhes deixou, a corrupção, que lá como cá, é protagonizada pela classe governante e a miserável governação assente em princípios socialistas, que estrangulam os respetivos povos.
Em suma, Portugal nada deve aos países e aos povos dos antigos territórios por ele administrados, pelo contrário, devia ser ressarcido pelos investimentos que lá fez e deixou, em todas as dimensões sociais e económicas.
Esta doação de 34 milhões de euros, que o governo socialista português decidiu fazer a Angola, não é só parte integrante do radicalismo ideológico socialista, que tantos e graves prejuízos tem causado a Portugal, como consubstancia um verdadeiro crime de lesa-Pátria.
A 10 de Março, tenhamos atenção ao que andamos a fazer às nossas vidas e às futuras gerações e saibamos banir esta espécie de governantes, porque já é tarde demais.
Tenham um excelente Ano de 2024.