Falsear, seja de que forma for, por ignorância, interesse pessoal, ou fanatismo ideológico intencional, a história de Portugal e do povo português em África, é obviamente crime de traição à Pátria, imperdoável.
Quem por acaso estava em qualquer dos antigos territórios portugueses do ultramar em 1974, como eu estava em Angola, teve oportunidade de presenciar e testemunhar, os países de progresso que os portugueses lá construíram e deixaram. Luanda, por exemplo, tal como Lourenço Marques, eram aquelas cidades exemplares em qualquer parte do mundo. Exemplares no grau de desenvolvimento urbanístico, económico e social.
A estratégia subjacente ao modelo desse desenvolvimento foi sempre a perspetivar o futuro. Cinquenta anos depois, são ainda as infraestruturas construídas e deixadas pelos portugueses, como aeroportos, barragens, portos, etc…, que continuam a funcionar e a ser o suporte de vida daqueles países. Os portugueses investiram naqueles territórios todos os recursos que eles geravam, não extrairam, não trouxeram para Portugal, um cêntimo da riqueza lá produzida, ao contrário do que os propagandistas esquerdistas e claro, os ignorantes que por aí abundam, anunciam com ódio à Pátria que lhes deu nacionalidade e que renegam todos os dias, quais apátridas traidores.
Mas mais importante e inegável, os pretos, sim “pretos”, a “ofensa” terá exatamente a mesma dimensão que o uso do termo “brancos”, frequentavam a mesma escola e pertenciam à mesma turma a que eu pertencia, sem qualquer distinção baseada na cor da pele, as minhas amizades eram indiscriminadamente com pretos e brancos, mas também era precisamente assim em todas as dimensões da vida quotidiana, nos transportes públicos, nos hospitais, no trabalho, fosse nas repartições públicas ou em empresas privadas, no acesso à justiça, nos direitos e obviamente nos deveres.
Sim, nos territórios portugueses não havia racismo, como hoje não há racismo em Portugal. Sim, nesses territórios havia racistas, como hoje há e sempre haverá racistas, como em qualquer paragem do planeta, mas isso não permite que gente abjeta, de intenções incendiárias e intencionalmente provocadoras de conflitos entre povos, eles sim, racistas, classifiquem os portugueses ou Portugal como um país racista.
Portugal levou o progresso e a civilização ao mundo por onde passou.
Jamais foi um colonizador, ou se comportou como tal, ao invés, foi um enriquecedor parceiro civilizacional desse territórios e desses povos.
Quarenta anos depois da independência daqueles territórios, voltei à mesma Luanda e a várias outras cidades de Angola, de onde tinha saído em 1974 e doeu a alma constatar a destruição absoluta e total do extraordinário país que Portugal construiu e lá deixou ficar e que os novos governantes, agora dos partidos políticos indígenas, destruíram com a guerra fratricida em que, então sim, mataram muitos milhares de angolanos e destruíram o seu próprio património, construído pelos portugueses. É exatamente essa dívida que aqueles países têm para com Portugal e os portugueses, que ao longo de décadas, muitos com o sacrifício da própria vida, ali se fixaram e fizeram civilização.
A verdade é que Portugal nada deve e muito menos tem a “reparar” relativamente aos países que até 1974 foram legítima e superiormente administrados por portugueses. A haver acerto de contas, teríamos muito a receber, a começar pelas centenas de milhares de portugueses, expulsos, espoliados, humilhados e muitos mortos naqueles países, com a conivência e concordância de políticos traidores governantes de Portugal na época. Políticos esses, a quem curiosamente, o atual Presidente da República nunca exigiu a reparação dos danos morais e materiais que foram provocados aqueles portugueses.
Não é possível aceitar que o mais alto magistrado de uma nação, seja o primeiro a vir insultar a dignidade e a história do seu país e do povo que o elegeu, falando em “reparações” de um chamado “passado colonial”.
Marcelo já provou que não tem escrúpulos, ao incriminar publicamente o próprio filho, num processo de que já todos percebemos ser ele o principal mentor, mas neste caso vai mais longe e nem a memória de seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, ele respeita, que foi um extraordinário Governador de Moçambique e depois não menos extraordinário Ministro do Ultramar, de quem todos os portugueses se deveriam orgulhar, a começar pelo próprio filho. Baltazar Rebelo de Sousa, dará voltas na tumulo ao assistir à triste figura que o filho por cá anda a fazer.
Se não é uma questão de carácter miserável que está por detrás das graves intervenções que o Presidente da República tem trazido a público ultimamente, então é uma questão do foro da psiquiatria.
Em todo o caso, estamos perante um ato de óbvia traição à Pátria e não é admissível ter um renegado traidor como Presidente.
Viva PORTUGAL, sempre com orgulho enorme nos nossos antepassados, naqueles que tombaram em defesa da Pátria portuguesa e que Marcelo Rebelo de Sousa não respeita e despreza.