As “Consultas Poéticas” a pessoas em situação de sem abrigo e vulnerabilidade social, vão decorrer já no próximo dia 20 de dezembro, sexta-feira, no Centro de Alojamento Temporário da Cruz Vermelha Portuguesa, em Braga.
Cada conversa, durará entre 20 a 25 minutos, começará sempre com a questão “Como é que estás?”, e vai acontecer entre um artista e um “paciente-espectador” – residente, frequentador da cantina social ou funcionário – que irá receber, no final do encontro, uma prescrição poética.
Entre as 9h30 e as 15h30, no dia 20 de dezembro, na Cruz Vermelha em Braga. Uma iniciativa do dstgroup, em parceria com a Associação Paisagem Periférica.
“A poesia é a ferramenta da transcendência. A poesia satura as feridas abertas pelo excesso de cortisol da economia e facilita a “metamorfose necessária” e a imaginação para saltar do breu da pobreza. Sem poesia a vida fica insuportável. Queremos, muito, um novo abrigo que pode começar por um desejo forte de encontrar uma solução para os abandonados pelas comunidades”, esclarece José Teixeira, presidente do dstgroup.
A ação integra a iniciativa ´Noël Solidaire -Théâtre de la Ville´ que vai contar com um grupo de cinco artistas (dois atores, uma bailarina, um músico e um diseuse) constituído por: Ana Arqueiro, Maria Soares, Nuno Pacheco, Sabrina Rebelo e Victor Castro, numa experiência de um para um, fundada no tempo e na escuta ao outro, numa relação de abertura.
“Acreditamos no poder transformador da arte, especialmente no domínio da intervenção social e estamos convictos que, fazer chegar aos utentes e funcionários do Centro de Alojamento Temporário da Cruz Vermelha de Braga estes encontros poéticos, é fazer acreditar em novas formas de vida, tornando os seus quotidianos mais justos e belos”, explica Manuela Ferreira, diretora artística da iniciativa e presidente da Associação Paisagem Periférica.
De salientar ainda que, através da criação destes protocolos poéticos de encontro, se pretende ativar formas de coexistir capazes de potenciar a prática de cuidar de si, do outro e do bem comum.
