A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa.
O Triunfo do Ocidente – A verdadeira história de uma vitória fundada na razão, ciência e liberdade
de Rodney Stark, com publicação da Editora Guerra & Paz ( 2014 ) destaca que ‧só os ocidentais achavam que a ciência era possível, que o universo funcionava de acordo com regras racionais que podiam investigar-se e descobrir-se. Devemos esta crença, por um lado, aos filósofos gregos e, por outro, à incomparável concepção judaico-cristã de Deus como criador racional.
E se o triunfo do Ocidente, afinal, se devesse à força do conhecimento, da investigação, do trabalho e da crença na possibilidade de aceder ao mistério de saber como actuou o Deus criador?
Esta é uma história que muitos querem silenciar. Do legado grego aos Descobrimentos portugueses, da demanda do conhecimento e da invenção da universidade à importância do cristianismo e ao desenvolvimento do capitalismo, da indústria e da ciência, este livro mostra como a civilização ocidental criou a modernidade e como a modernidade ocidental continua a ser, hoje, a melhor alternativa civilizacional de que o mundo dispõe.
Reconheçamos ou recordemos que:
– A queda de Roma foi o evento singular mais benéfico na ascensão da civilização ocidental;
– Nunca houve nenhuma «Idade das Trevas»;
– As Cruzadas nada tiveram que ver com saque, ganância ou ataque não provocado ao mundo islâmico;
– Não houve nenhuma «revolução científica» no século XVII, houve apenas o culminar de um progresso científico iniciado no século XII;
– A cultura grega não foi roubada ao Egipto;
– Os Descobrimentos europeus não foram copiados dos chineses ou dos árabes;
– A riqueza da Europa não resultou da pilhagem ao mundo não ocidental, pelo contrário as colónias sugaram o dinheiro da Europa;
– A ascensão do Ocidente não se deve a razões climatéricas favoráveis, a recursos naturais, armas, ferro ou carvão;
– A concluir, uma breve alusão às raízes europeias.
A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa. Na consciência da responsabilidade do homem diante de Deus e no reconhecimento da dignidade inviolável de cada homem, este encontro fixou critérios do direito, cuja defesa é nossa tarefa hoje, neste momento histórico em que nos é dado viver, participar, defender e actuar.
O homem não se criou a si mesmo. Ele é espírito e vontade, mas é também natureza, a qual deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece, ao sabor de ideologias ou outras manipulações políticas.
Os portugueses têm uma dupla razão para ler este livro no momento crucial em que de debate o futuro da Nação, em que se fazem tantos atropelos à dignidade do ser humano, em que se tenta denegrir ou desvirtuar o nosso presente e o nosso passado, nomeadamente a relevância dos Descobrimentos na História da humanidade.
Rodney Stark, licenciado em Berkeley, foi professor na Universidade de Washington e é, desde 2004, professor de Ciências Sociais na Universidade de Baylor, onde é também co-director do Instituto para o Estudo das Religiões. Autor de 32 livros, está traduzido em 13 línguas, do chinês ao alemão, do francês ao japonês. O Triunfo do Ocidente é o seu primeiro livro a ser publicado em Portugal.


