EIS UM LIVRO:
Casamento de capa, papel, tintas e letras.
É um livro e é um mundo:
Ideias altas como
Montanhas,
PENSAMENTO QUE
FLUI COMO UM RIO,
ESTRADA DE CONHECIMENTO
Que rasga a planície.
Um livro pede-lhe tempo e um café,
Quer conversar consigo.
O livro Teorias Cínicas, que tem como autores a ensaísta Helen Pluckrose e o matemático James Lindsay, explica os dogmas em que assentam aquelas ideias, desde as origens no pós-modernismo francês ao seu actual refinamento por académicos activistas, da editora Guerra & Paz (2021).
«Este livro expõe as raízes intelectuais, surpreendentemente superficiais dos movimentos que parecem estar a engolir a nossa cultura» (Steven Pinker, professor de Psicologia na Universidade de Harvard)
Já ouviu dizer que só os brancos podem ser racistas, que não existe sexo biológico ou que ser obeso é saudável? Confuso com estas ideias? Pergunta-se como é que elas conseguiram desafiar tão depressa a lógica da nossa sociedade?
«O activismo das pessoas com deficiência começou na década de 60, mais ou menos na mesma época e com objectivos semelhantes ao movimento dos Direitos Civis, ao feminismo de segunda vaga e ao Orgulho Gay. O objectivo original era tornar a sociedade mais acolhedora e receptiva às pessoas com deficiência e, assim, melhorar a sua qualidade de vida. (…)
Esta meta perfeitamente razoável começou a mudar na década de 80. Após a viragem para o pós-modernismo aplicado e a incorporação do feminismo interseccional, da Teoria queer e da Teoria crítica da raça, os estudos sobre deficiência começaram a ver a habilidade como uma construção social e, desde então, tornaram-se cada vez mais radicais, chegando a negar a realidade. (…)
Os estudos sobre deficiência baseiam-se fortemente, hoje em dia, nos dois princípios pós-modernos: o conhecimento é uma construção social e a sociedade consiste em sistemas de poder e privilégio. Esta orientação dos estudos sobre deficiência baseia-se frequentemente na Teoria crítica da raça. Os estudos de deficiência como um todo dependem fortemente tanto de Michel Foucault, quanto de Judith Butler e, consequentemente, os seus temas pós-modernos são a diluição das fronteiras e a importância do discurso – acompanhados por uma desconfiança radical na ciência».
Para os teóricos queer como para Michel Foucault as sexualidades ou a loucura eram puramente discurso de médicos que injustamente procuravam categorizar as pessoas como normais ou anormais. Estes activistas querem assumir as deficiências para fins de celebração ou poder político, mas não querem que a medicina intervenha e os rotule, pois os pós-modernos rejeitam a ideia de que os médicos sejam mais classificados para diagnosticar deficiências, preferindo que as pessoas assumam a sua deficiência sexual com conforto e autonomia numa política de identidade, para poderem celebrar com todo o orgulho possível enquanto procuram romper com as normas sociais.
Os autores de Teorias Cínicas, a ensaísta Helen Pluckrose e o matemático James Lindsay, demonstram-nos neste livro como os activistas e radicais, com a sua cultura de guerra e de cancelamento, fazem mais mal do que bem às comunidades minoritárias que eles dizem querer defender. Analisam e opõem-se a teorias tão absurdas como: o conhecimento é uma construção social; a ciência e a razão são ferramentas de opressão; todas as interacções humanas são fontes do exercício opressor do poder. Desmontam ainda com racionalidade e de forma clara, a inconsistência das teorias identitárias, racializadas e de género que pretendem impor-nos uma nova Inquisição, ameaçando a humanidade e a democracia.
É um forte apelo à honestidade intelectual e uma acérrima defesa da liberdade de expressão, constatar como os activistas académicos reduziram tudo a raça, género e identidade e como isso nos prejudica a todos.