Daniel Gonçalves, o Presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, ao Magazine Estado com Arte, admite voltar a candidatar-se às autárquicas de 2025, desenvolve trabalho social com os mais carenciados no apoio às rendas da casa em atraso e jovens famílias. Mas diz que a aposta é na Cultura, “uma marca” do seu mandato, defende o acesso a “cultura gratuita e acessível a todos”. Exemplo disso são os concertos de jazz em agosto, Avenidas Hot Jazz, sempre aos sábados, nos finais de tarde.
Apoia “incondicionalmente” o líder do PSD, Luís Montenegro, perante as críticas da oposição à apresentação de “medidas pouco estruturantes”.
O autarca Daniel Gonçalves, do PSD, está para ficar na política: assume que se vai recandidatar para as autárquicas em 2025, porque está a fazer um “bom mandato” autárquico. O Presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas falava à margem do concerto Avenidas Hot Jazz este sábado, o segundo concerto de uma série de quatro concertos aos sábados em agosto, uma parceria com o Hot Clube de Portugal. O próximo concerto é já dia 24 de agosto no Jardim do Arco do Cego, em Lisboa.
Sobre as críticas às medidas apresentadas na rentrée do PSD na semana passada no Pontal, em Quarteira, na área da saúde, transportes e pensões, diz que apoia “incondicionalmente” as medidas de Luís Montenegro, e que “independente disso os partidos da oposição tiveram 8 anos e inclusive uma maioria absoluta. Antes disso, tiveram tudo a favor deles. E o que fizeram? Rigorosamente nada.”
Revela que “há muita coisa em preparação que depois os portugueses vão saber verdadeiramente quem é que vai zelar pelos interesses deles”. Comenta que a medida do aumento do suplemento reforma (perto dos 200 euros) “faz muito jeito às pessoas, mesmo que seja apenas algumas vezes ao ano”.
Sobre as críticas das Associações dos reformados que dizem ser medidas com um valor baixo e aquém das necessidades, pergunta: “o anterior governo fez alguma coisa para mudar isto? Este governo está a trabalhar para as pessoas.”
Quanto às próximas eleições autárquicas em 2025 diz que está a fazer um “bom mandato da freguesia não só na cultura, mas também na área social”. Tem um vasto programa social, em que destaca “Cinco dedos de conversa” um carro vai a casa de idosos que vivem sozinhos com uma psicóloga e assistente social para dar apoio; os “Passeios Seniores” é outra iniciativa que tomou neste mandato.
Também na área social ajudam muitas famílias a pagarem a luz e água. “A reforma não chega para pagar as despesas de sobrevivência, por isso a junta de freguesia dá ajuda aos mais carenciados para pagar rendas da casa em atraso, e às jovens famílias a pagar papas e fraldas” justifica Gonçalves.
Na área da saúde elenca algumas medidas da sua iniciativa, uma carrinha leva todos os fregueses a consultas nos centros de saúde e hospitais, e quando é necessário irem ao supermercado.
Agenda cultural intensa em Setembro
Para setembro a junta de freguesia prepara uma programação intensa dedicada à família, ao fado e ao jazz, novamente com concertos do Hot Clube de Portugal, segundo anúncio pelo próprio autarca das Avenidas Novas, Daniel Gonçalves, no concerto de sábado passado.
No dia da freguesia, 29 de setembro, há teatro infantil de manhã, e de tarde vai decorrer a cerimónia do aniversário da freguesia no edifício da Ordem dos Contabilistas, na Avenida Defensores de Chaves. Querem homenagear figuras públicas como Yvette K. Centeno filósofa portuguesa, que vive na freguesia, é professora na Universidade Nova de Lisboa desde 1983. Publicou literatura infantil, ensaios de investigação, poesia, peças de teatro e ficção. Algumas das suas obras foram traduzidas para francês, espanhol e alemão.
O autarca gosta de homenagear as pessoas da freguesia, recorda que desde há 10 anos que faz homenagens a mulheres no dia 8 de março.
Afirma-se como um homem defensor da cultura no bairro das Avenidas Novas. “Sou da cultura, gosto da cultura e quero que os fregueses das Avenidas Novas fiquem a conhecer a Cultura.”
A Junta de Freguesia paga todos os eventos, Daniel Gonçalves explica porquê: “as pessoas têm direito à cultura, que está muito fraca no nosso país. É uma oferta da junta de freguesia de há 3 anos para cá, o privilegio de trabalhar em conjunto com a comunicação e a área da Cultura da junta, que nos tem proporcionado estes espetáculos, mas afirma que a iniciativa tem de ser sempre do Presidente”.