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PODCAST com Linda Pereira. Faz falta em Portugal “as mulheres apoiarem-se muito mais umas às outras.”

Marta Roque

PODCAST com Linda Pereira. É Global Chair para o sector da Comunicação do G100 leadership summit, e comentadora na CNN em protocolo e relações internacionais. Participou como oradora convidada na 9a Academia de Formação Política das Mulheres Social-Democratas na Nazaré, sexta-feira passada.
Prepara o G100 leadership summit em Albufeira, no Algarve, que vai decorrer a 19 e 20 de Outubro.

O conceito de leadership feminino começou em 2015, por ocasião do World Economic Forum Annual Meeting 2015, em Davos, quando “Christine Lagarde e outras governantes, Primeiras-Ministras e Presidentes, repararam que as mulheres não eram oradoras nos summits mundiais”, diz Linda Pereira, Especialista em Comunicação Estratégica e Global Chair de Comunicação do G100 leadership summit em entrevista, ao Estado com Arte Magazine à margem do Fórum Economico de Mulheres – WEF – no Encontro G100 na Macedónia do Norte, de 2 a 3 de Outubro. “Eles habitam num mundo de liderança masculina, nem é uma questão de maldade, e quando precisam de oradores o primeiro pensamento é escolha de oradores masculinos.”

Em 2015 as mulheres da política e empresárias participantes no Fórum Economico Mundial em Davos, resolveram fazer uma “revolta” ao status quo de homens que dominavam as discussões politicas. Paralelamente ao encontro do Forum Mundial de Davos reuniram-se num hotel, criaram a network Weman helping Weman para unir 100 mulheres líderes de 100 setores da sociedade em 100 países, “mulheres com vozes de peso”.

Linda Pereira é Global Chair no sector da Comunicação na ONU

Linda Pereira, luso-britânica, Professora universitária e especialista em Comunicação Estratégica, é Global Chair para a Comunicação do G100 leadership summit, é responsável por 100 líderes em 100 países neste sector. O objectivo é incentivar as minhas líderes destes países a promover a voz e o impacto das mulheres na economia.

Admite que em Portugal ainda muito está por fazer em boas práticas da conciliação da vida familiar e o trabalho, a pandemia veio acelerar com o trabalho remoto, mas alerta que muitas empresas querem voltar ao regime presencial.

Faltam ainda formas de ajudar na conciliação da vida laboral com as mulheres com filhos pequenos, considera que não existem creches suficientes e que o meio empresarial não colabora com a vida das famílias. Dá como exemplo o Japão em que muitas empresas implementam creches no interior dos edifícios para facilitar a vida das mulheres com filhos pequenos.

Para além de dar visibilidade às mulheres para impactar na economia, Linda Pereira diz que faz falta em Portugal “as mulheres apoiarem-se muito mais umas às outras.”

Prepara o G100 leadership summit em Albufeira, no Algarve, que vai decorrer a 19 e 20 de Outubro.

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