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Rui Gonçalvez

SIM, A DEMOCRACIA ESTÁ EM PERIGO

Rui Gonçalves, Arquitecto

No meio de tudo isto, imagine-se, com dezenas de criminosos envolvidos, à solta, não houve qualquer detenção e os feridos foram todos agentes da autoridade envolvidos. E é por isto que eles sabem que são impunes, porque as forças de segurança estão impedidas de exercer as suas funções e porque a justiça não faz o que devia, mantendo na prisão os bandidos com nacionalidade portuguesa e devolvendo à procedência os que não sejam portugueses.

Quando um cidadão teme pela sua vida ao sair à rua, o que significa ser inibido da liberdade de circular na via pública, quer dizer que a democracia está em perigo. Quando um agente da autoridade (?) está inibido de exercer a sua função, que é assegurar a ordem pública e reprimir bandidos, porque sabe que no dia seguinte é o acusado, no mínimo, de abuso da força, ou como está na moda, de racismo, então a democracia está em perigo.

O que se passou na noite passada no bairro do Zambujal, na Amadora, devia encher de vergonha todos os que até hoje tiveram cargos governamentais nas áreas da administração interna e da justiça. O que ali se passou é apenas um aperitivo para o que aí vem. Os bárbaros experimentaram e ganharam. Partiram autocarros, incendiaram caixotes do lixo, automóveis e paragens de transportes públicos, agrediram agentes da autoridade, pasme-se, o normal e natural seria polícias a baterem e deterem os selvagens, mas em Portugal é ao contrário, dispararam tiros e ainda impediram a entrada dos bombeiros e do INEM.

No meio de tudo isto, imagine-se, com dezenas de criminosos envolvidos, à solta, não houve qualquer detenção e os feridos foram todos agentes da autoridade envolvidos. E é por isto que eles sabem que são impunes, porque as forças de segurança estão impedidas de exercer as suas funções e porque a justiça não faz o que devia, mantendo na prisão os bandidos com nacionalidade portuguesa e devolvendo à procedência os que não sejam portugueses.

E isto é assim porque ao longo de décadas da chamada “democracia” que está em risco, políticos rasteiros anarquistas/esquerdistas, retiraram a autoridade, a força e os meios aos agentes que deviam supostamente ter a função de defender os cidadãos de bem e a ordem pública, que deve em qualquer circunstância ser garantida com o recurso de todos os meios necessários e suficientes e isso é exercer a autoridade que lhe compete, não é ser autoritário, termos completamente distintos e um cidadão tem que saber que em nenhuma circunstância pode ameaçar e muito menos agredir um agente, sob pena de sofrer as consequências e foi isto que aconteceu na noite anterior, quando na Cova da Moura, um criminoso fugiu à polícia, abalroou várias viaturas estacionadas e ao ser intercetado ainda agrediu dois agentes e tentou atingir um com arma branca, evidentemente que o agente se defendeu usando a arma, baleando-o.

Já sei, já sei que a malta de esquerda que provocou este caos nacional, acha que o polícia devia ter dado permissão ao bandido para o esfaquear, sim, já sei, mas eu acho que a bala foi bem utilizada em legítima defesa.

Evidentemente que a cor da pele não pode ser motivo de segregação, mas evidentemente que a cor da pele não pode ser usada como livre trânsito para o exercício da criminalidade, porque a democracia está em perigo.

Para os políticos anarquistas que não sabem a diferença entre democracia e anarquia, é bom que percebam que o que fizeram até hoje foi pôr em perigo esse bem precioso que é democracia e a liberdade que lhe está associada, porque sem autoridade, ela não resiste a estes arruaceiros minoritários totalitários, que não cumprem lei nem ordem, até porque elas não existem e assim impõem pela selvajaria a sua vontade aos cidadãos civilizados, inibindo-os da sua liberdade.

Sim, os portugueses de bem têm medo de sair à rua.

E perante esta caótica situação de insegurança e por coincidência, na véspera destes acontecimentos, veio o primeiro ministro anunciar todo pomposo que iriam aumentar o número de agentes policiais, ora, de facto o homem não percebe mesmo nada do que está a acontecer neste país que devia governar. É preciso explicar-lhe, talvez lentamente, que o que está em causa nem é a quantidade de agentes, de que servem mais polícias se não têm meios e leis para exercerem as suas funções? De que servem mais polícias se aquilo que transportam à cintura não passam de meros adereços sem qualquer utilidade prática, porque estão proibidos de usar? As forças da ORDEM precisam é de meios e proteção do Estado quando exercem a autoridade que lhes é intrínseca por natureza e lhes foi retirada e precisamos todos que a justiça seja célere, eficaz e impiedosa na punição dos bandidos.

E já que falamos do primeiro ministro, de que está ele à espera para dar o tal sinal às forças de segurança, demitindo a ministra da Administração Interna? É que devia tê-lo feito logo às primeiras horas do dia, porque ela é a principal responsável, não pelo estado de calamidade a que chegámos, mas claramente pela inação perante os acontecimentos de ontem. A polícia que queríamos ver a agir, limitou-se a assistir.

E sim, há medo em Portugal, o tal país que uns observatórios que por aí existem, controlados por psicopatas de esquerda, falseiam os tais números e dizem que a criminalidade não aumentou.

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