Decorria o ano de 1978 quando, nas salas de cinema, foi estreado o filme Halloween – A noite das bruxas, dirigido por Jonh Carpenter. O enredo é, por si só, assustador e violento, todo ele centrado na psique doente de um assassino em série, na cidade de Haddonfield, no Illinois, nos EUA.
Uma reflexão perspicaz sobre o verdadeiro e profundo significado do Halloween, num percurso histórico-antropológico-cultural conduz-nos à descoberta do fundamento neopagão e anticristão de um costume popular já difundido em quase todos os países do Ocidente, que registam, sobretudo, um aumento da pobreza da fé e do conhecimento de todos os perigos inerentes a certas modas culturais que são alheias aos nossos costumes e tradições.
A faceta incógnita desenvolvida na festa das bruxas é maléfica, está ligada ao esoterismo, ao ocultismo, ao espiritismo e ao satanismo, ao mesmo tempo que se confunde com o valor religioso cristão das solenidades de Todos os Santos e de Todos os Fiéis Defuntos.
Se existe algum significado religioso no Halloween, é um significado negativo. Trata-se de um fenómeno de características neopagãs, ou até mesmo satânicas, com inquietante magia, inimiga do sagrado, em clara contraposição ao Cristianismo. Nada tendo de brincadeira inocente, conduz os jovens, de forma sub-reptícia, a uma cultura de morte, com a cumplicidade da publicidade e da componente económica a ela associada.
Para os satanistas, adoradores do mal, o Halloween é a sua festa mais importante, o início do ano, sendo o aniversário de Lúcifer e ocasião para aliciar adeptos.
Na noite de 31 de outubro, enquanto jovens ingénuos pensam estar a divertir-se de forma inocente e alegre num jogo social, os ocultistas realizam ritos sacrílegos e desumanos, profanam cemitérios, matam recém-nascidos, sacrificam seres humanos e animais, fazem missas negras, escondem drogas e veneno nos doces e na fruta que oferecem às crianças.
O Halloween é a travessura do diabo, é o anti culto cristão, um convite a habitar o mundo dos monstros, a travar amizade com almas inquietas e aterradoras, oposto à comunhão dos Santos e à comunicação com os anjos da luz testemunhas da alegria e do amor de Deus.
A festa de Todos os Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos são, pelo contrário, ocasião para refletir sobre o mistério da morte na perspectiva da Ressurreição e como nascimento para a imortalidade, onde só aqueles que viveram na observância da Palavra de Deus, à luz do seu Amor, poderão viver a plenitude da vida eterna.
“A festa das abóboras é, na realidade, uma festa para abóboras ocas. A travessura do demónio é doçura mortal para a alma”.
Decorria o ano de 1978 quando, nas salas de cinema, foi estreado o filme Halloween – A noite das bruxas, dirigido por Jonh Carpenter. O enredo é, por si só, assustador e violento, todo ele centrado na psique doente de um assassino em série, na cidade de Haddonfield, no Illinois, nos EUA.
A cena inicial abre com uma “canção de embalar” que nos introduz numa atmosfera macabra…Uma criança de seis anos, apunhala e mata a irmã mais velha durante a noite das bruxas. A partir de então fica internada num hospital psiquiátrico sob observação. Passados quinze anos, novamente na noite do Halloween, consegue fugir e regressa à sua cidade, onde em pouco tempo mata os três amigos de uma baby-sitter. Esta última, quarta vítima em vista do assassino consegue escapar (Halloween – a travessura do Diabo, de ALDO BUONAIUTO)
Jonh Carpenter desenvolveu uma multifacetada carreira de compositor, argumentista, realizador, produtor e actor. Teve uma prolífica carreira no cinema, caracterizada por filmes de terror em que os “maus” são “zombies” sem personalidade e as personagens principais masculinas são uma espécie de anti-heróis.
O filme que começou por lhe dar notoriedade foi exactamente “Halloween” (O Regresso do Mal, 1978), a que se seguiram muitos outros, todos eles explorando e insistindo no terror, no maligno e no satânico.
A Europa devorou estes filmes, idolatrou este realizador em cuja mente o mal se tornava em estilo artístico, com músicas muitos apreciadas e cantores da moda.