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Lina Lopes. A candidata como independente do Chega para Setúbal em defesa dos trabalhadores e da conciliação da vida familiar e o trabalho

Marta Roque

Lina Lopes  desfilia-se do PSD por não sentir adesão às suas ideias políticas, e segue para as autárquicas como independente do Chega para a câmara de Setúbal, o segundo distrito do país em que a criminalidade mais cresceu, e com o pib médio per capita a não chegar a 27% da Grande Lisboa, são questões que preocupam a ex-social democrata.

A ex-deputada do PSD e sindicalista da UGT, Lina Lopes, deixou na semana passada o Partido Social Democrata por sentir que “não ouviam as suas ideias” e considerar que no Chega é “muito diferente a forma como ouvem as opiniões políticas”, comenta ao Estado com Arte Magazine. A sindicalista adianta que quer “manter a defesa pelos direitos dos trabalhadores e das mulheres na luta pela conciliação da vida familiar e o trabalho.”

Espera que na campanha das autárquicas de setembro sejam apresentadas ideias e projetos e que o “debate tenha elevação”. Apesar de Setúbal ser o quarto concelho mais populoso o PIB médio per capita da região de Setúbal não chega a 27% do da Grande Lisboa, o que para Lina Lopes “é uma preocupação”. Cita o 2023 Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) que identifica o distrito de Setúbal como o segundo do país em que a criminalidade mais cresceu.

Assume que vai continuar “empenhada em proporcionar aos munícipes de Setúbal, e em particular aos trabalhadores da Câmara Municipal de Setúbal, todas as condições para que possam exercer a sua atividade com dignidade e satisfação assegurando os meios para a conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar de cada um.”

A nova candidata independente do partido de André Ventura diz que as propostas para Setúbal “serão boas se servirem o objetivo de trazerem valor para a cidade e tornarem a vida dos setubalenses mais segura, mais feliz e mais próspera.”

Lina Lopes viveu a infância em Setúbal onde frequentou a escola primária, a escola preparatória e o liceu. Cidade que diz conhecer bem e que volta sempre com a família para desfrutar da zona ribeirinha e da gastronomia da região a sul de Lisboa.

A rotura com a direção do PSD desde 2019

Lina Lopes foi deputada do PSD até 2022, como militante tem organizado a Academia das MSD ( mulheres social-democratas) para refletir sobre o papel da mulher na sociedade e na política, tem tomado posições criticas sobre a direção PSD por não concordar com temas que considera fundamentais para o desenvolvimento do pais, numa aposta na economia e em questões de segurança.

Ao DN diz que tem acompanhado com “interesse o percurso do Chega e as intervenções dos seus dirigentes”. Lina Lopes tem trabalhado como secretária de Diogo Pacheco Amorim, atual vice-presidente da Assembleia da República, o que lhe permitiu “conhecer melhor a visão” que o partido Chega tem para o país.

Um dos aspetos que mais a impressiona é “a coerência com que o Chega adota um princípio”, que considera fundamental, “numa política focada em retirar Portugal da cauda da Europa, nomeadamente: primeiro Portugal, depois o partido, depois a condição particular de cada um.”

Suspendeu a militância no PSD, mas “não a adesão ao ideário de Sá Carneiro”. Em alguns aspetos, considera estar mais próxima “desse ideário, e de todas as ideias que defendia, do que a atual liderança desse partido.”

Sobre o seu futuro no Chega não revela ao Estado com Arte Magazine o que vai decidir, revela apenas que quer manter-se como independente.

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