Os lugares do PSD aumentaram na Assembleia Legislativa Regional da Madeira passaram de 19 passaram para 23 deputados e ficaram à beira da maioria absoluta. Para Sílvia Mangerona, Politóloga, “agora chegará, portanto, a esperada coligação com o CDS que conseguiu eleger 1 deputado.”
A “perplexidade” dos resultados da Madeira está na descida do PS (15,6%) de 11 deputados passa para 8 e arrasta-se para a 3ª força política mais votada na Madeira.
O JPP, fica em 2ºlugar nas intenções de voto, com 21% elege 11 deputados e “quebra a mancha laranja no mapa da ilha” vencendo na Freguesia de Santa Cruz onde o partido começou.
Sílvia Magerona comenta que nestas eleições, a esquerda é quem “mais deve refletir” sobre os resultados regionais, já que o “bolo” da esquerda ficou “em cacos” e desaparece da Assembleia Regional. A CDU, o BE e o PAN não elegem nenhum deputado.
O PSD voltou a vencer as eleições regionais da Madeira, conquistando 43,43% dos votos. Com 23 deputados eleitos, o partido de Miguel Albuquerque fica a um lugar da maioria absoluta. O grande derrotado da noite foi o PS, que ficou atrás do JPP e perdeu três deputados.
Miguel Albuquerque celebrou a “grande vitória” do PSD nas eleições regionais da Madeira, salientando que esta foi “uma clara derrota da coligação de esquerda e da agenda de maledicência que imperou”.
“Quem censurou foi censurado” , disse ontem Jorge Carvalho o dirigente do PSD Madeira, ainda nas projeções na noite eleitoral. “Percebi que iria ser a frase da noite eleitoral. Mas creio que Montenegro não se deve apropriar desta frase para a campanha. Desde logo porque o Governo nacional cai por falta de confiança e não por censura. E também não me parece uma boa estratégia de comunicação Luís Montenegro “ colar-se” muito a Miguel Albuquerque ou aos resultados das eleições Madeira,” diz Sílvia Mangerona ao Estado com Arte Magazine.

“A vertigem de 3 eleições regionais em ano e meio, não afastou o PSD do Governo da Madeira. Miguel Albuquerque governa a Madeira desde 2015 (2019-2023- 2024-2025). Nas primeiras eleições, em 2015, conseguiu assegurar uma maioria absoluta, nas últimas quatro eleições, os social-democratas ficaram aquém desse objetivo, necessitando do CDS-PP e depois do PAN para governar, ora em coligação ou por acordos de incidência parlamentar,” justifica a docente em Ciência Política.
Os lugares do PSD aumentaram na Assembleia Legislativa Regional passaram de 19 passaram para 23 deputados e ficaram à beira da maioria absoluta. No entender de Sílvia Mangerona “agora chegará, portanto, a esperada coligação com o CDS que conseguiu eleger 1 deputado.”
Mas Albuquerque não se livra da sombra da investigação em curso dos casos de corrupção, Sílvia Mangerona recorda que “em janeiro de 2024, uma mega operação policial envolveu mais de uma centena de inspetores da Polícia Judiciária e outros peritos do continente que viajaram para a Madeira. O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido no âmbito deste processo devido a suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.”
Apesar de tudo, diz a politóloga, Miguel Albuquerque “não se demitiu e dias depois o PAN acabaria por retirar o apoio parlamentar, exigindo a saída do líder do executivo da Madeira.”
“Novamente, com eleições antecipadas a 26 de maio de 2024, o PSD voltou a vencer, mas ficou novamente aquém dos 24 deputados necessários para assegurar a maioria absoluta, mesmo coligado com o CDS-PP, acrescenta. Em conjunto, conseguiu apenas 21 mandatos. A 9 de dezembro, a mesma oposição uniu-se no chumbo do Orçamento da Madeira para a Assembleia Regional e poucos dias depois, a 17 de dezembro de 2024, o Chega apresenta uma moção de censura inédita na Madeira. De um total de 47 deputados, uma maioria de 26 votou a favor e o governo caiu,” esclarece a professora universitária.
PS o grande derrotado na Madeira
“A perplexidade está na descida do PS (15,6%) de 11 deputados passa para 8 e arrasta-se para a 3ª força política mais votada na Madeira. O JPP fica em 2º lugar que com 21% elege 11 deputados e quebra a mancha laranja no mapa da ilha vencendo na Freguesia de Santa Cruz onde o partido começou”, segundo Mangerona.
Com estas eleições, a politóloga admite que a esquerda é que “mais deve refletir nestes resultados regionais, já que o “bolo” da esquerda ficou “em cacos” e desaparece da Assembleia Regional. A CDU, o BE e o PAN não conseguem eleger nenhum deputado.”
Num momento crucial os madeirenses aderiram a estas eleições regionais em que as 54 freguesias da Madeira foram a votos e a abstenção desceu de 46% para 44% “revelando que os eleitores da Madeira são comprometidos politicamente e têm esperança. Como alguém ontem disse durante a noite eleitoral: “A democracia é o regime da esperança. E quem tem esperança vota”, conclui Sílvia Mangerona.