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Linda Pereira: “A maior aprendizagem é aprender a estar confortável com o desconforto”

Estado com Arte Magazine

Linda Pereira, especialista em Comunicação e comentadora em protocolo na CNN, no inquérito “À Queima Roupa” recorda da sua infância “o prazer de andar com a mãe e tia nos mercados de Natal. Os cheiros, a música, as luzes.”

Profissionalmente conseguiu gerir a sua vida e horários para trabalhar e “criar duas filhas independentes e focadas”. Empenhada em ajudar outros, criar emprego e” criar impacto”, sempre pautada pelos seus valores. “Construí sozinha o meu projecto de felicidade”, admite ao Estado com Arte Magazine.

Tem como citação preferida: “success isn’t just about what you accomplish in life: it’s about what you inspire others to do”.

Das cidades que gosta de visitar elege Florença, mas para trabalhar e viver escolhe Londres.

O seu maior prazer na vida é “fazer coisas que elevam a vida dos outros.”

Qual a sua memória de infância?

Recordo acima de tudo o prazer de andar com minha mãe e minha tia nos mercados de Natal. Os cheiros, a música, as luzes. Comer os primeiros doces de Natal. O frio, a neve, castanhas assadas, gorro e luvas. Ainda hoje adoro mercados de Natal. Sinto-me abraçada por aquelas memórias.

O dia mais feliz?

Sendo de uma família pobre o dia mais feliz foi quando fui chamada ao palco da Universidade para receber meu diploma das mãos da Princesa Anne e olhar para a cara de meus pais na plateia. O significado para os meus pais após o sacrifício de uma vida nunca poderá ser superado. Aquele momento refletia o ponto mais alto da vida deles.

A sua maior conquista?

Tudo na minha vida sabe a conquista. Mas talvez a maior tenha sido criar a minha empresa ainda muito nova, e mantê-la até hoje. Isso tornou-me independente de tudo e de todos. Consegui gerir minha vida e meus horários para trabalhar sempre e criar duas filhas independentes e focadas. Poder ajudar outros, criar emprego e criar impacto sempre pautada pelos meus valores. Construí sozinha o meu projecto de felicidade.

O seu livro preferido?

Sem dúvida o meu livro preferido de sempre é “The Source”. Relata um grupo de pessoas de várias nacionalidades que no Médio Oriente participam numa escavação arqueóloga e enquanto descobrem artefactos, nós, os leitores, vamos comparando a interpretação dos investigadores (pautados por suas visões e cultura), com o que de facto aconteceu historicamente. Aprendi imenso sobre história, o modo como a nossa cultura nos impacta o modo de ver o mundo e os preconceitos latentes que todos carregamos.

E a musica da sua vida?

A música da minha vida é mais um estilo de música de que uma música em particular. O Motown. Que seria a vida sem a Motown music?

No seu entender qual a data mais importante para Portugal?

Na minha óptica as datas mais importantes são as mais recentes, porque permitem escrever uma página nova e mostrar ao mundo quem são os povos ou quem querem vir a ser. Por isso diria o 25 de Abril.

O seu vício requintado?

Tenho dois vícios que me dão grande felicidade. Brincos com história. Adoro brincos, coloridos e impactantes. E adoro chá das 5 com todos os acompanhamentos num hotel de 5 estrelas. Fazer isso de vez em quando sem interrupções num ambiente requintado dá-me um prazer imenso.

Citação preferida?

“Success isn’t just about what you accomplish in life: it’s about what you inspire others to do.”

A melhor companhia?

Adoro conversa, almoços, jantares, com pessoas de impacto que saibam conversar. Não há nada como um bom debate em boa companhia à beira mar.

Que lição tira da vida?

Que a vida é feita de mudanças constantes. A maior aprendizagem é aprender a estar confortável com o desconforto. Que se somos resiliente tudo se resolve e tudo tem solução. Que temos o que fazer o que for preciso para eventualmente podermos fazer o que queremos.

Quais as suas expectativas para 2025?

Todas. A vida depende de nós. Do nosso esforço, da nossa atitude perante os outros, inquietude, e esforço para termos impacto positivo. Por isso venha 2025: vamos trabalhar e melhorar a vida para todos.

Qual o melhor destino ?

Sem dúvida a cidade que mais gosto é Florença. Mas para trabalhar e viver escolheria Londres.

O que a motiva?

A vida. Adoro viver, adoro pessoas, adoro trabalhar com impacto. Tiro prazer de fazer coisas que elevam a vida dos outros. Não acredito que a felicidade me é devida por terceiros, mas sim que tem que ser da minha responsabilidade.

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