Aos 55 anos e com imponentes 1,98 metros de altura, o fotógrafo João Edgar Sallay, procura fotografia bem longe, quanto mais remoto o local para fotografar melhor.
Gostaria de viajar e visitar lugares como a Antártida, voltar às Ilhas Galápagos e às ilhas dos Açores. Tem um projecto para registar todas as festas populares portuguesas. “Não podemos perder a nossa cultura, e acredito que fotografar a nossa gente é uma forma de contribuir para preservá-la”.
Tem a pretensão de ver as suas fotografias expostas para além do mundo virtual, a começar por Lisboa. «Obviamente que com a internet fica tudo muito mais fácil, mas não há nada como ver as fotografias de perto,” diz o fotógrafo ao Estado com Arte Magazine.
É português nascido em Angola e desde miúdo que tem uma paixão bem notória por fotografia, ao ver e inspirar-se nas fotos tiradas pelo pai. É na sua grande paixão pela natureza que busca paz e inspiração.
Tem como mestres Peter Beard, Helmut Newton, Henri Cartier-Bresson e em especial Ansel Adams e Sebastião Salgado.
Quem é o João Salay?
Sou português “retornado”, nascido em Luanda, filho de mãe portuguesa e pai alemão. Com a guerra em Angola, fugimos para Portugal e depois para o Brasil, onde vivi grande parte da minha vida. Formei-me em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, MBA pela Fundação Getúlio Vargas e uma série de outros cursos e certificações por diversas instituições como a INSEAD e a Wharton School.
Tenho uma grande paixão pela natureza onde busco paz e inspiração. Quanto mais remoto o sítio melhor.
Como surgiu a paixão por fotografia?
A minha paixão por fotografia surgiu desde miúdo ao ver as fotografias do meu pai, quase todas em preto e branco. Havia muitas paisagens, caçadas e os povos locais. Ele desde novo, viajou muito e havia fotos fantásticas do porto de Hamburgo e da construção do muro de Berlin.
Como define as suas fotografias?
Passei a tomar gosto por grandes fotógrafos, como Peter Beard, Helmut Newton, Henri Cartier-Bresson e em especial por Ansel Adams e Sebastião Salgado pela forma como retrataram a natureza. Eu posso dizer que a forma como eu vejo o mundo por trás das lentes é um pouco de cada um desses grandes mestres.
Onde já fez exposições?
Eu já tive fotografias expostas em diversas galerias virtuais, graças ao crescimento das NFT’s e em galerias em Los Angeles e em Nova Iorque.
Expôr em NY foi o momento mais importante, pois tive duas fotografias selecionadas para exposições com artistas do mundo inteiro. “Trance State of Mind” foi escolhida para a exposição NFT.NYC 2023 no Javits Center e “Pachinko!”para uma exposição temática de Animé.
Até onde gostaria de ir na carreira?
Gostaria de continuar a viajar e visitar lugares como a Antártida, voltar às Ilhas Galápagos e todas as ilhas dos Açores. Tenho um outro projecto também para registar todas as festas populares portuguesas. Não podemos perder a nossa cultura, e acredito que fotografar a nossa gente é uma forma de contribuir para preservá-la.
O que superaria as suas expectativas?
Gostaria de ter minhas fotografias expostas em mais sítios além do mundo virtual, a começar por Lisboa. Obviamente que com a internet fica tudo muito mais fácil, mas não há nada como ver as fotografias bem de perto.