Dejá vu de 2021

Marta Roque

Há quase um mês, quando o primeiro-ministro anunciava a sua demissão em consequência do seu nome estar ligado ao âmbito da Operação Influencer, deixa um sabor de dèjá vu na política nacional, com a dissolução do parlamento antes do Natal de 2021.

A geringonça que em 2015 viabilizou o governo de António Costa desmantelou-se ao fim de seis anos. Portugal voltava às urnas a 30 Janeiro depois de ter sido chumbado o Orçamento do Estado para 2022.

A maioria socialista que durou ano e meio esgotou-se agora devido a uma investigação letal como comenta Carlos Blanco de Morais. Com um Ministério Publico com dificuldades de comunicação, mas que ainda poderá refazer a imagem, segundo a politóloga Sílvia Mangerona.

Esta quarta-feira, quando arrancar a fase final da especialidade do Orçamento de estado 2024, António Costa está de saída, Galamba já não é ministro, foi constituído arguido na Operação Influencer, e os partidos preparam-se para eleições antecipadas marcadas para 10 de março.

Nas alterações às leis o PS recua: no agravamento do IUC (Imposto Único de Circulação) e na lei do tabaco.

O debate e as votações dos próximos dias vão decorrer num clima de campanha eleitoral.

Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro disputam agora o lugar para dirigir o PS e a direita tenta subir nas sondagens sem o Chega.

A Assembleia da República procura concluir alguns dossiers legislativos, que tem pendentes antes da sua dissolução, que o Presidente da República deverá decretar entre 10 e 15 de janeiro.

A nível internacional o tão esperado cessar-fogo está a decorrer:  o Governo israelita e o Hamas conseguiram chegar a um consenso para o início de uma pausa humanitária, com a duração de quatro dias.

Das 240 pessoas capturadas em Israel durante os ataques de 7 de outubro, 50 foram libertadas até agora no âmbito de um acordo de cessar-fogo que pôs termo aos combates em troca de cerca de 150 palestinianos detidos em prisões israelitas.

Entretanto Israel e o Hamas continuar a tentar concordar em prolongar as tréguas. O acordo inclui também um aumento da ajuda humanitária em Gaza.

Na Cultura  falámos aqui da “prosa lenta” do Nobel da Literatura de 2022, como Jon Fosse gosta de lhe chamar, O Outro Nome desafia a velocidade de alguma ficção contemporânea. Os protagonistas de O Outro Nome são pintores, Jon Fosse procurava um artista, alguém que se confrontasse, como ele, com o acto criativo.

A Arte de Saber Estar”, uma edição da Sopa de Letras, um guia de etiqueta social e profissional  estende-se a vários setores da nossa vida social, foi tema aqui da Cultura, um livro recheado de exemplos práticos e sugestivas ilustrações, aliadas a um estilo conciso, a que não falta uma nota de humor.

David Lopes, autor e gestor, escreveu o livro “Uma Varanda Sobre Tóquio”, editado pela Avenida da Liberdade Editores e com prefácio de Hugo Valter Mãe. Uma viagem a Tóquio mostra um sentimento de descoberta, David Lopes levou consigo um pequeno caderno em que apontava tudo o que ia aprendendo. O registo desses «pequenos pedaços da cultura e do quotidiano japonês» cativaram-no profundamente.

Estejam atentos ao mês de dezembro, estamos a preparar leituras para o tempo de Natal e as novidades até ao final do ano.

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